Movimento negro se mobiliza para audiência pública sobre Pimesp
O movimento negro, além do movimento estudantil, deverá participar em peso da audiência pública sobre o "Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista.(Pimesp), Como as Universidade Públicas aplicarão as cotas?", que acontecerá nesta quarta-feira (13), no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), às 17h.
Publicado 12/03/2013 16:51
A audiência será presidida pela deputada comunista Leci Brandão, recém eleita presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo, que promove o evento.
Foram convocados convocados três Reitores das Universidades Estaduais Paulistas, João Grandino Rodas, da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Ferreira Costa, da Universidade de Campinas (Unicamp) e Júlio Cezar Durigan, da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) para debater o projeto de autoria do governo do Estado de São Paulo e do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp). Até agora, somente os reitores da Unicamp e da Unesp confirmaram.
Os estudantes também estão se organizando. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) Livre da USP está organizando caravanas que deverão sair do campus Butantã para a Alesp, no Ibirapuera. O DCE organizará uma oficina de materiais às 14h na praça do relógio, e às 15h sairão dois ônibus para a Assembleia.
Em dezembro do ano passado o governo do Estado apresentou uma programa de inclusão para as universidades estaduais, o Pimesp. O movimento negro critica o projeto, que, de acordo com as organizações, submete 20% dos estudantes que já teriam direito a uma vaga na universidade, a um curso “preparatório”, chamado de “college”. Isso criará barreira para esses estudantes na luta pelo seu direito a educação pública.
Ao invés de promover a democratização do ensino público, o Pimesp cria duas castas de estudantes, pois pressupõe que negros e pessoas que fizeram o segundo grau em escolas públicas, necessitem de um reforço, de dois anos, para cursar uma graduação.
O Pimesp, ainda segundo os movimentos, ignora um debate que é feito há décadas, pelo movimento negro, na esfera da educação e outros. Na prática, isso altera radicalmente a estrutura da educação pública, "sem diálogo com quem debate, estuda ou luta por essa demanda".
Com agências