Dilma afirma que PIB vai crescer para melhorar vida dos brasileiros
A presidenta Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (12) que a economia brasileira vai crescer e que isso é essencial para a melhoria de vida da população. No sertão alagoano, Dilma disse que, para que o país cresça, o governo está tomando uma série de medidas para melhorar as condições de produção. Segundo a presidenta, a economia brasileira é forte e “nada contra a corrente internacional”, com a menor taxa de desemprego de sua história.
Publicado 12/03/2013 15:54
"Quero assegurar que o Brasil vai crescer, mas não vai crescer porque achamos bonito falar que o PIB [Produto Interno Bruto] cresceu. Vai crescer porque é essencial para a melhoria de vida de cada brasileiro, sobretudo para assegurar que os jovens e as crianças desse país tenham um futuro e um presente melhor que o nosso”, disse durante visita aos dois primeiros trechos do Canal do Sertão Alagoano, considerado a maior obra de infraestrutura hídrica do estado.
Segundo ela, no entanto, o governo e a população precisam querer mais e, nesse sentido, foram tomadas as medidas de diminuição das taxas de juros e redução de impostos.
“Por isso anunciei na sexta-feira (8) a redução de todos os impostos da cesta básica, porque diminui a inflação e melhora a renda de todo brasileiro. Desoneramos a parte mais custosa, que foi a carne, porque achamos que a cesta básica do brasileiro tem que ter carne. Achamos que essa cesta básica é crucial, porque quanto mais barata ela for, melhor para o Brasil”, disse a presidenta.
Obras do canal do Sertão Alagoano
Com 65 quilômetros já concluídos, a obra dos dois primeiros trechos do Canal do Sertão Alagoano já disponibiliza água para consumo humano, animal e atividade agrícola nos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Pariconha e Água Branca. Quando concluída, vai beneficiar mais de 1 milhão de pessoas em 42 cidades. Segundo ela, obras como essa são o modo mais eficiente de enfrentar os efeitos da seca.
“A água sai do Velho Chico e chega nas torneiras das casas de cada um dos moradores dessa região. Ela sai de lá, sacia a sede do povo dessa região. Permite que a mãe dê banho no seu filho, permite que a comida seja feita com uma água de qualidade, que o agricultor crie a sua horta, o seu rebanho, a sua produção. (…) Obras como essa permitem enfrentar a seca. Nós não temos como impedir que a seca ocorra. Nós temos como impedir que ela nos atinja. Essa obra vai permitir que nós possamos enfrentar a seca de forma eficiente”, disse.
Parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e distante 304 quilômetros de Maceió, o Canal do Sertão Alagoano, quando entregue, terá 250 quilômetros de extensão, divididos em sete trechos. O empreendimento já recebeu cerca de R$ 1 bilhão em investimentos. A presidenta ainda afirmou que o governo vai formatar um projeto para apoiar os pequenos produtores depois do fim da estiagem, com reposição dos rebanhos perdidos e distribuição de sementes.
“Quando a seca passar, não basta chover. Porque temos que recuperar o rebanho. (…) Eu quero assegurar ao agricultor e ao pequeno proprietário que o governo federal vai recompor isso. Nós tínhamos iniciado um programa de sementes, e, através da Embrapa, selecionado as melhores e começado a distribuição. A seca nos pegou distribuindo e perdemos as sementes. Vamos voltar a distribuir. (…) O governo federal também vai procurar um programa de silagem, de construção de forragem para as criações. Vamos ser capazes de enfrentar a seca no Nordeste, garantindo as mesmas oportunidades que tem o Sul e o Sudeste”, afirmou Dilma.
Dilma disse que o país tem uma capacidade de resistência que o diferencia dos outros nos momentos. “Um país que tem um povo com a capacidade de resistir ao sertão, tendo água, oportunidades, universidades, escolas, rodovias, portos, é um país invencível”.
Informações do Blog do Planalto e da Agência Brasil