Cinco repressores argentinos são condenados à prisão perpétua
Cinco repressores argentinos acusados de cometerem crimes contra a humanidade durante a ditadura militar daquele país (1976-1983), no centro clandestino de Campo de Maio, foram condenados à prisão perpétua.
Publicado 12/03/2013 18:00
A condenação foi imposta pela justiça argentina de Buenos Aires ao último presidente da ditadura militar, Reynaldo Benito Bignone, o ex-comandante dos Institutos Militares, Santiago Omar Riveros, Luis Sadi Pepa, Eduardo Oscar Corrado e Carlos Tomás Macedra, detalhou o Centro de Informação Judicial.
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Também foram condenados Carlos José Somoza a pena de 25 anos de prisão, Hugo Castagno e Julio San Román (20 anos), Eugenio Guarañabens (16), Carlos del Señor Hidalgo (15) e María Francisca Morillo (12).
O Campo de Maio foi um dos maiores centros clandestinos de detenção de Buenos Aires e se estima que por ali passaram cerca de quatro mil pessoas. Em suas instalações também funcionava uma maternidade clandestina.
O veredito pelos crimes ocorridos no local foi divulgado quando também transcorre o julgamento de 25 repressores que participaram da Operação Condor.
Nos requerimentos do tribunal apresentados pelo Ministério Público Fiscal destaca os acusados, entre eles os ex-ditadores Jorge Rafael Videla e o próprio Bignone, como integrantes de uma associação ilícita dedicada para o desaparecimento forçado de pessoas, entre outros delitos.
O julgamento pela Operação Condor deverá ouvir cerca de 500 testemunhas, e estima-se que transcorrerá por dois anos no mínimo. Os 25 acusados deverão responder, em conjunto, por mais de 220 casos de violação aos direitos humanos e a comissão de delitos como associação ilícita e privação ilegítima da liberdade.
Com Prensa Latina