Santos ameaça usar Forças Armadas na greve dos cafeicultores
O presidente da Colômbia, Juan Manuel santos, assegurou que seu governo retomará o diálogo com os cafeicultores em greve, mas advertiu que se os bloqueios se prolongarem, as Forças Armadas garantirão “os direitos de todos os colombianos”.
Publicado 05/03/2013 17:56
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Milhares de cafeicultores bloqueiam as principais estradas das cidades dedicadas ao cultivo do café e exigem melhoras e apoio para o setor, que atravessa sua pior crise, segundo especialistas.
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O Movimento pela Defesa e a Dignidade dos Cafeicultores Colombianos exige um aumento da sustentação do setor e explicam que por não fazer as mudanças a tempo estariam a beira de uma profunda crise econômica e social.
Eles também exigem a suspensão da dívida cafeeira e a flexibilização dos futuros créditos, o controle de preços dos insumos e parar com as importações do grão, atualmente, o país compra café do Peru e do Equador com preços muito inferiores aos de exportação e registra custos de produção três vezes maiores que os do Vietnam.
Também se opõem a megamineração e aos projetos hidroelétricos na zonas de cultivo, pedem a reestruturação da Federação Nacional de Cafeicultores e a não judicialização dos líderes e do setor
Santos pediu nesta terça-feira (5) para o vice-presidente do país, Angelino Garzón, mediar a greve com os cafeicultores. O mandatário advertiu que “se prolongarem-se os bloqueios, as Forças Armadas terão as instruções de cumprir a obrigação legal de garantir os direitos de todos os colombianos”.
Ele qualificou de “absurdo” os bloqueios que os cafeicultores mantêm para que suas demandas sejam ouvidas.
A Colômbia é um país reconhecido por sua produção de café, depende agora da oferta e da procura, depois da aplicação de políticas neoliberais, uma das causas desta crise, passou do segundo para o quarto lugar nos mercados internacionais.
Fonte: Prensa Latina