Nicolás Maduro denuncia intrigas políticas de Henrique Capriles
O vice-presidente executivo da Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou neste sábado (2) as atividades conspirativas na Colômbia e nos Estados Unidos do líder da oposição Henrique Capriles, derrotado pelo mandatário Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro do ano passado.
Publicado 02/03/2013 21:31
Maduro informou que o atual governador do estado de Miranda (região da capital) viajou a esses países, onde se reuniu sucessivamente com paramilitares, empresários e políticos estrangeiros opostos ao governo venezuelano.
De acordo com o vice-presidente, Capriles "está desesperado, está agindo como louco", não só pelas derrotas infligidas por Chávez nas eleições presidenciais de outubro e nas regionais de dezembro passado, mas também porque a própria oposição já "não o reconhece como líder, nem chefe".
Por isso, argumentou, anda se mexendo atrás do apoio financeiro e político daqueles que têm "nota”, que são os verdadeiros chefes dos núcleos contrapostos ao governo.
Maduro fez uma cronologia dos recentes passos de Capriles, que –assegurou – se reuniu primeiro com paramilitares colombianos, com um grupo de venezuelanos dedicados a atividades petroleiras e com certo "personagem sinistro" cujo nome não mencionou.
Estas entrevistas em terras colombianas tiveram, entre outros objetivos, a planificação do desabastecimento especulativo neste país, problema contra o qual as autoridades lançam uma ofensiva durante os últimos dias.
Na continuidade, este "príncipe decadente da burguesia" foi aos Estados Unidos, onde se entrevistou com membros da "máfia de Miami" e com "banqueiros fugitivos", presumivelmente para conseguir financiamento, assinalou Maduro.
Segundo o ex-chanceler e ex-presidente da Assembleia Nacional venezuelana, o oposicionista se reuniu também com enviados dos congressistas republicanos estadunidenses Otto Reich e Roger Noriega, que desde há anos fizeram "o trabalho sujo" quanto às relações dos Estados Unidos com a América Latina.
Maduro – que repetidamente desafiou Capriles para que o desmentisse publicamente – acrescentou que existe a probabilidade de um encontro entre esse "político medíocre derrotado" e a subsecretária de Estado adjunta para a América Latina, Roberta Jacobson.
A parte folclórica da intervenção incluiu os detalhes sobre o apartamento de Capriles em Manhattan, Nova York, acerca do qual Maduro se perguntou: "Com que o comprou?".
Depois de denunciar o périplo e as atividades do oposicionista, o vice-presidente executivo o instou a regressar e pôr-se a trabalhar pelo povo do estado de Miranda, amplamente o de maior índice de criminalidade no país.
"Por que não está em Miranda ocupando-se dos problemas do povo?" – voltou Maduro a interpelar.
Mais adiante, advertiu Capriles para que que "não fique louco", pois em caso de violação das leis venezuelanas, estas serão aplicadas com "absoluto apego à Constituição".
"Que ninguém se equivoque com a Venezuela", enfatizou.
Por último, Maduro lançou aos meios de comunicação direitistas o desafio de publicar suas palavras.
Prensa Latina e Blod da Resistência [www.zereinaldo.blog.br ]