Marcelo Déda: o Brasil mudou e Sergipe não foi diferente
Há exatos 9 meses, o governador de Sergipe, Marcelo Déda, concedeu entrevista à Rádio Vermelho, na qual externou suas impressões sobre o Brasil de hoje, sobre o desafios que ainda precisamos enfrentar e sobre o cenário político sergipano.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 28/02/2013 12:16
Em entrevista à Rádio Vermelho, concedida em fevereiro de 2013, Marcelo Déda pontuou o Brasil de hoje e destacou vivemos um momento de festa, pois celebramos um Brasil novo, com desenvolvimento e inclusão social.
"Essa celebração não é mérito somente do Partido dos Trabalhadores (PT), mas de todos os partidos que compõem a base do governo. Esse grupo acreditou em um projeto, companheiros como o PCdoB, que estão conosco desde a formação da Frente Brasil Popular, foram fundamentais para o êxito desse novo Brasil. “Essa coligação celebra a vitória do povo. Esse resultado é fruto de um projeto elaborado em conjunto e unidos estamos escrevendo um novo capítulo da história política do Brasil”, externou.
Segundo o governador, “o Brasil iniciou seu ciclo de mudanças sob o signo da luta pela igualdade, através da distribuição de renda, através de programas sociais e de ação política que recuperou a prioridade do governo brasileiro para a luta pela inclusão social, para a luta a favor daqueles que mais precisavam da presença do Estado e do governo. Em Sergipe não foi diferente”.
De acordo com Marcelo Déda, mesmo em um cenário de crise do capitalismo, o Brasil recuperou toda a sua capacidade do ponto de vista econômico, com a condução de uma política econômica que apostou no desenvolvimento do país, especialmente de regiões que sofreram com o descaso durante anos.
“Esse grupo que está aí, apostou no povo, no nosso mercado interno. Desde 2003, está em curso um projeto que aposta na expansão da nossa economia”, explicou o governador ao falar das ações adotadas pela presidenta Dilma Rousseff para enfrentar a crise econômica.
Sergipe, 10 anos depois
Acompanhando o processo de mudanças que o Brasil vive nos últimos 10 anos, Sergipe atingiu incadores singulares em sua história. De acordo com dados da Secretaria de Planejamento de Estado de Sergipe (Seplan), o Produto Interno Bruto (PIB) do estado cresceu 4,9%, em média.
Setores como o de produção de milho alcançou ganhos em sua produção, que em 2013 chegou a 750,7 mil toneladas. A indústria de leite, beirou os 316 milhões de litros. Os efetivos de ovino e de caprino cresceram 52%. Nas exportações, o estado bateu recorde histórico: US$ 149 milhões em mercadorias vendidas. E no mercado aeroviária, somando os embarques e desembarques, foi contabilizado, entre julho 2012 a julho de 2013, 1 milhão de passageiros.
Dados publicados no documento 'Indicadores de Desenvolvimento Sergipano' apontam que entre 2002 e 2010, a taxa de crescimento da economia sergipana foi de 44,4%, com o PIB estadual passando de R$ 9.454 milhões em 2002 para R$ 23.932 milhões em 2010. Na taxa média anual de crescimento, Sergipe (4,9%) superou os indicadores da região Nordeste (4,8%), que por sua vez foram maiores que a média do país (4,1%). Ou seja, o PIB sergipano per capita atingiu R$ 11.500 em 2010, o maior do Nordeste.
O documento ainda apresenta que o crescimento da economia sergipana veio aliado a uma política de distribuição de renda. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) mostram que, em Sergipe, a renda dos 20% mais pobres cresceu em ritmo quatro vezes maior que a dos mais ricos. A taxa de extrema pobreza caiu drasticamente para 6,2%, a menor do Nordeste.
A opção por um padrão de desenvolvimento econômico cada vez mais inclusivo provocou mudanças expressivas para os mais de dois milhões de sergipanos, refletidas pela melhoria das condições de vida ao longo da última década. Para Marcelo Déda os números deixam claro que "ao longo da última década Sergipe buscou ter uma política bastante agressiva de atração de investimentos, sem perder de vista um eixo essencial: a inclusão social".
Ouça novamente a entrevista exclusiva com o governador Marcelo Déda para a Rádio Vermelho: