Irã e potências retomam o debate sobre o programa nuclear
Especialistas do Irã e do grupo P5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) retomaram nesta terça-feira (26), no Cazaquistão, uma nova rodada de negociações sobre o programa nuclear iraniano
Publicado 26/02/2013 09:24
Parte dos países da sociedade internacional, liderados pelos EUA, alegam suspeitar que o Irã esteja fabricando armas nucleares, mas as autoridades persas negam as acusações, já que seu programa nuclear tem fins pacíficos de pesquisa médica, principalmente.
O Irã sofre restrições econômicas, financeiras e bancárias, além de comerciais e militares já há décadas. A proposta é amenizar as sanções nas áreas da indústria petroquímica e bancária.
Os especialistas estrangeiros defendem que o Irã assuma o compromisso de paralisar o enriquecimento do urânio a 20% e, em troca, parte das sanções impostas ao país pode ser suspensa.
O porta-voz da Diplomacia da União Europeia (UE), Michael Mann, disse estar "otimista" em relação à retomada das negociações com os iranianos. Segundo ele, a tendência é que o diálogo seja “equilibrado” e “construtivo”, apesar das condições impostas pela UE e pelos EUA, que já aplicam sanções ao Irã mesmo sem uma evidência concreta do suposto desenvolvimento de armas nucleares.
O secretário do Supremo Conselho de Segurança Nacional do Irã, Saeed Jalili, é o chefe da delegação iraniana, e reuniu-se com o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev. Segundo ele, a expectativa é que o diálogo seja baseado na lógica e na confiança com “propostas abrangentes”.
Os especialistas do Irã e do P5+1 participaram de várias rodadas de negociações. A última ocorreu em Moscou, na Rússia, em junho de 2012.
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Com Agência Brasil