Dilma propõe mais parcerias entre América do Sul e África
Durante a abertura da 3ª Cúpula América do Sul-África, que aconteceu na Guiné Equatorial sexta-feira (22), a presidenta Dilma Rousseff destacou o momento econômico especial dos dois continentes, em contraste ao cenário internacional, que enfrenta uma crise financeira.
Publicado 25/02/2013 09:24
Dilma também lembrou que o comércio entre os dois continentes cresceu 447% nos últimos dez anos, passando de R$ 7 bilhões, em 2002, para R$ 39 bilhões, em 2011.
“Nossos continentes têm experimentado nos últimos anos o dinamismo, com taxas de crescimento sustentadas, aumento da renda e redução da pobreza. Foi-se o tempo em que nós éramos parte de uma periferia distante, silenciosa ou calada e problemática. O mundo em desenvolvimento tornou-se vital para economia global, e já responde por mais da metade do crescimento econômico e mais de 40% do investimento, em escala mundial”, afirmou.
A presidenta propôs uma parceria com países africanos, com foco na área educacional, colocando à disposição a Universidade Aberta do Brasil, que já conta com um polo presencial em Moçambique. Ela quer ampliar as parcerias de pesquisa científica e tecnológica, usando as 37 embaixadas no continente para oferercer cursos de português e facilitar a interação.
Dilma também defendeu a candidatura do embaixador Roberto Azevêdo à direção-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a participação do Brasil e de algum país africano como membros permanentes no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Mas eu estou aqui hoje para propor e construir parcerias concretas. Quero propor como mais uma parceria entre nós e para os países africanos no âmbito da ASA, uma parceira na área da formação de professores e gestores para o ensino técnico profissionalizante para a formação de estudantes especialmente do setor agropecuário. O Brasil e a África não só temos uma raiz cultural, social e histórica do ponto de vista da nossa nação, acredito que sejamos o país que tenha a maior quantidade de africanos na sua formação, mas também porque somos, fizemos parte de um mesmo grande continente”, ressaltou.
Dilma falou ainda da parceria comercial e de investimentos entre os dois continentes, que deve ser diversificada e não ficar limitada aos governos, contemplando as empresas. Ela afirmou que vê com bastante interesse a formação de mecanismos de incentivo para que mais companhias, produtos e serviços atuem nos dois continentes. A presidenta também saudou a aprovação do programa para o desenvolvimento de infraestrutura na África, com a execução pelo Banco Africano de Desenvolvimento.
Fonte: Blog do Planalto