Portuários contra a MP 595 ainda podem deflagrar greve
O Movimento de paralisação dos Portuários na Bahia foi tranqüilo. De forma pacífica, os trabalhadores e trabalhadoras do Porto de Salvador aderiram à demanda nacional e paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (22) contra a Medida Provisória 595/12, que cria novo regulamento para o setor e afeta toda a categoria.
Publicado 23/02/2013 12:58
Só a partir das 13h que as partes operacionais e administrativas começaram a se normalizar. Caminhões fizeram fila na entrada principal do Porto e um engarrafamento se formou nas imediações do local.
“Estamos atentos a todo o processo da MP. Queremos participar e pontuar. Da forma que está não prejudica somente a nossa categoria, mas a sociedade também”, afirmou o presidente do Sindicato dos Portuários da Bahia (Suport-BA), Ulisses Souza Oliveira Junior.
Outras paralisações e até mesmo uma greve podem fazer parte do movimento que visa chamar a atenção da sociedade e dos responsáveis pela elaboração e votação da MP. “A medida não pode ser aprovada sem ouvir o setor e os portuários. Estamos atentos à análise das emendas pela Comissão Mista do Congresso Nacional. Somos totalmente contrários a essa MP, pois ela acaba com o mercado, com o porto público, com o trabalhador portuário e atinge a todos os portos do país”, ressaltou Ulisses.
Dirigentes sindicais, filiados da Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Avulsos (Fenccovib) se reuniram no começo da semana em Brasília para definir o movimento. Na terça-feira (26) há a possibilidade de mais uma paralisação das 13h às 19h.
Dentre outros questionamentos, os trabalhadores lutam por uma análise mais detalhada sobre as definições do porto organizado, autoridade portuária, conselho de supervisão do Ogmo, fortalecimento financeiro do Portus, cumprimento da convenção 137, entre outras.
Fonte: Ascom Suport-BA