Bloqueio dos EUA contra Cuba é anacrônico, avalia premiê russo
O premiê russo, Dimitri Medvedev, avaliou como anacronismo do passado o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto por Estados Unidos contra Cuba há mais de 50 anos.
Publicado 23/02/2013 10:54
Em entrevista com Prensa Latina, o dirigente russo comentou também sobre as tensas relações de Moscou com Washington, e em particular reconheceu a colocação em prática de algumas emendas discriminatórias mais globais como o cerco à Ilha, uma medida destinada ao fracasso.
“Essa é nossa posição sobre este tema e não mudamos”, afirmou.
Em outra parte de suas respostas, Medvedev explicou a importância de que tanto a Rússia como Estados Unidos, duas grandes potências nucleares, consigam melhorar suas relações, afetadas nos últimos tempos por medidas unilaterais do nortenho país.
A respeito, mencionou a postura de Washington em matéria de desarmamento e a defesa antimíssil.
Para a Rússia, declarou, as políticas e decisões do governo de Barack Obama nestas esferas estão dirigidas contra Rússia e seu potencial nuclear e apesar de várias tentativas e argumentos de nossa realidade, a situação é a mesma.
Longe de conseguir o chamado equilíbrio, afirmou, tanto Estados Unidos como a Organização do Tratado Atlântico do Norte (OTAN) fazem questão de nos tranquilizar com explicações não convincentes e de que se trata de outros países.
Cada vez, agregou, há menos tempo e isso nos obriga a que no final desta década se este tema não tem solução, devemos tomar nossas próprias medidas em defesa dos interesses estratégicos da Rússia, uma conclusão à que chegaria a qualquer governante da Federação.
Medvedev criticou outra medida impulsionada por legisladores democratas e republicanos norte-americanos relacionada com a Lei Magnitsky, pelo dano que traz para os cidadãos russos e porque vulnera seus direitos humanos elementares.
A lei concede faculdades ao Departamento de Estado para a adoção de represálias contra aquelas pessoas que, segundo o critério de Washington, violam os direitos humanos neste país, daí que seja vista como ingerencista pelas autoridades e políticos russos.
Fonte: Prensa Latina