Servidores da UEPB deflagram greve por melhores salários
Os servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram nesta quarta-feira (20) entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no campus de Campina Grande. Os trabalhadores reivindicam 17% de reajuste salarial que já deveria ter sido aplicado em janeiro. A reitoria diz não ter condições de conceder aumento agora.
Publicado 20/02/2013 14:58
Além da greve, os professores da UEPB decidiram fazer uma paralisação de advertência de três dias como forma de reivindicar um reajuste. O movimento tem início na quinta-feira (21).
Em nota, a Reitoria da UEPB afirmou que somente se pronunciará sobre a mobilização após comunicado oficial dos sindicatos.
"O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, informa à comunidade acadêmica e a sociedade em geral que somente irá se pronunciar a respeito da greve dos servidores técnico-administrativos e a paralisação dos docentes da Instituição, após a Reitoria ser comunicada oficialmente pelos sindicatos sobre as deliberações e decisões tomadas e suas consequentes motivações", diz uma nota enviada à imprensa no início da tarde desta quarta.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior da Paraíba (Sintesp-PB), com atuação na UEPB, Severino do Ramo Oliveira, afirmou que a reitoria não respeitou a data base para o reajuste salarial.
“Fizemos quatro audiências com administração da instituição e não avançamos em nada. Eles dizem que não têm como dar um 1% de aumento”, afirmou.
O Sintesp pede que no mínimo haja a reposição nos salários da perdas relativas à inflação, que seria de 5,83%. De acordo com Severino do Ramo, há cerca de quatro anos os servidores não têm seus rendimentos reajustados acima da inflação do período.
“Nossa paralisação começou de forma imediata logo após a assembleia”, disse o presidente do Sintesp. De acordo com ele, os serviços serão paralisados em todos os campi da UEPB e o comando de greve está disposto a tirar dos setores os funcionários que insistirem em trabalhar. “Nós vamos fechar as portas mesmo”, completou.
Em matérias divulgadas na grande mídia, o reitor da UEPB, Rangel Júnior, disse respeitar a decisão dos servidores. No entanto, do ponto de vista da administração, argumentou que a universidade não tem capacidade financeira de conceder qualquer reajuste salarial, tendo em vista a contenção de gastos para 2013.
Com agências