Servidores da UEPB deflagram greve por melhores salários

Os servidores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) decidiram nesta quarta-feira (20) entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no campus de Campina Grande. Os trabalhadores reivindicam 17% de reajuste salarial que já deveria ter sido aplicado em janeiro. A reitoria diz não ter condições de conceder aumento agora.

Além da greve, os professores da UEPB decidiram fazer uma paralisação de advertência de três dias como forma de reivindicar um reajuste. O movimento tem início na quinta-feira (21).

Em nota, a Reitoria da UEPB afirmou que somente se pronunciará sobre a mobilização após comunicado oficial dos sindicatos.

"O reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior, informa à comunidade acadêmica e a sociedade em geral que somente irá se pronunciar a respeito da greve dos servidores técnico-administrativos e a paralisação dos docentes da Instituição, após a Reitoria ser comunicada oficialmente pelos sindicatos sobre as deliberações e decisões tomadas e suas consequentes motivações", diz uma nota enviada à imprensa no início da tarde desta quarta.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior da Paraíba (Sintesp-PB), com atuação na UEPB, Severino do Ramo Oliveira, afirmou que a reitoria não respeitou a data base para o reajuste salarial.

“Fizemos quatro audiências com administração da instituição e não avançamos em nada. Eles dizem que não têm como dar um 1% de aumento”, afirmou.

O Sintesp pede que no mínimo haja a reposição nos salários da perdas relativas à inflação, que seria de 5,83%. De acordo com Severino do Ramo, há cerca de quatro anos os servidores não têm seus rendimentos reajustados acima da inflação do período.

“Nossa paralisação começou de forma imediata logo após a assembleia”, disse o presidente do Sintesp. De acordo com ele, os serviços serão paralisados em todos os campi da UEPB e o comando de greve está disposto a tirar dos setores os funcionários que insistirem em trabalhar. “Nós vamos fechar as portas mesmo”, completou.

Em matérias divulgadas na grande mídia, o reitor da UEPB, Rangel Júnior, disse respeitar a decisão dos servidores. No entanto, do ponto de vista da administração, argumentou que a universidade não tem capacidade financeira de conceder qualquer reajuste salarial, tendo em vista a contenção de gastos para 2013.

Com agências