Banco Central afasta risco de descontrole inflacionário
O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (19) que não há risco de descontrole da inflação no Brasil. Ele acrescentou que a estratégia do BC permanece válida, mas, ser for necessário, a taxa básica de juros, a Selic, pode ser ajustada.
Publicado 19/02/2013 12:59
“Gostaria de deixar bem claro que não existe hoje no país risco de descontrole da inflação, não obstante o fato de o Brasil ter conseguido alcançar um novo patamar para as taxas de juros em geral, e, em particular, para a taxa de política monetária [a Selic].”
Em janeiro deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central optou por manter a Selic em 7,25% ao ano. Em comunicado, o BC reforçou que era preciso manter as condições monetárias (Selic no atual patamar) estáveis “por período suficientemente longo”.
Mas, com a divulgação da inflação em janeiro, alguns analistas acreditam que haverá aumento da taxa Selic para controlar a alta dos preços. Em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,86%; dezembro de 2012 também registrou inflação expressiva, 0,79%. Com o resultado de janeiro, o IPCA acumulado em 12 meses passou para 6,15%, contra inflação de 5,84% registrada em todo o ano passado.
Tombini destacou que os os ciclos monetários foram abolidos. “A taxa Selic oscilará em patamares mais baixos do que no passado”, disse Tombini. Ele lançou também o projeto Otimiza BC, que tem o objetivo de criar um canal de diálogo para discutir a redução de custos de observância, despesas das instituições financeiras com envio de informações ao órgão fiscalizador. O Banco Central divulgará hoje as primeiras medidas de redução desses custos.
Com informações da Agência Brasil