Publicado 19/02/2013 10:30 | Editado 04/03/2020 17:07
Em entrevista à revista "Isto É", em janeiro de 2010, ele relatou os traumas ainda persistentes e falou sobre o processo de anistia, julgado pelo Ministério da Justiça. No dia 13 de janeiro, ele foi declarado "anistiado político". A indenização foi de R$ 100 mil por ter sido vítima dos militares. "Muita gente ainda acha que não houve ditadura nem tortura no Brasil. No julgamento, em Brasília, me senti compreendido", disse ele, na ocasião.
À revista, ele disse disse: "A ditadura não acabou". O pai relatou o ocorrido em 15 de janeiro de 1974: "Bem armados e truculentos, os agentes da repressão o encontraram na companhia da babá – uma moça de origem nordestina conhecida como Joana. Chegaram dando ordens. Exigiram que os dois permanecessem imóveis no sofá. Apenas Joana obedeceu. Como castigo pelo choro persistente, Carlos Alexandre levou uma bofetada tão forte que acabou com os lábios cortados".
Fonte: Tribuna do Norte