Coreia Popular afirma direito a autodefesa com dissuasão nuclear
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) tornou pública, na noite desta terça-feira (12), uma declaração explicativa sobre o teste nuclear realizado pelo país e divulgada nesta segunda-feira (11), o que causou inquietude por parte da comunidade internacional. O Portal Vermelho divulga a íntegra da nota abaixo:
Publicado 13/02/2013 09:39
"O terceiro teste nuclear subterrâneo da RPDC é uma medida de autodefesa frente ao ato hostil dos EUA contra si. O lançamento bem-sucedido de dezembro do ano passado da unidade Nº 2 de satélite "Kwangmyongsong-3" foi inteiramente um esforço pacífico realizado segundo o plano de desenvolvimento da ciência e da tecnologia para a construção da economia e a melhoria da vida do povo.
Todo o mundo, inclusive os países inimigos, reconheceu a entrada do satélite de uso prático da RPDC em órbita prevista e ficou admirado ante ao desenvolvimento da sua tecnologia espacial. Entretanto, os Estados Unidos voltaram a instigar e aprovar a nova “resolução de sanção” do Conselho de Segurança da ONU questionando o lançamento do satélite da RPDC, qualificada de violação das “resoluções” do Conselho de Segurança.
A violação do direito a lançar satélites é precisamente o dano à soberania da RPDC, razão pela qual nunca se tolerará tal ato hostil. Em realidade, não era imprescindível fazer o teste nuclear, e nem tínhamos tal plano. Nosso poder nuclear dissuasivo é capaz de aniquilar de uma só vez os ninhos principais de agressão, golpeando-os com precisão onde quer que estejam nesta Terra.
Foi nossa meta concentrar nossas forças na construção econômica e na melhora da condição de vida da população apoiando-nos no poder nuclear dissuasor e de autodefesa, preparado pelos generalíssimos por toda a vida. Quando os EUA instigaram a aprovação, em abril passado, da “declaração presidencial” que questiona o lançamento de satélites com fins pacíficos da RPDC, e abusando do Conselho de Segurança da ONU, a RPDC mostrou seu autocontrole.
Mas o império infringiu flagrantemente, outra vez, nosso direito de lançar o satélite, e levou à prática, antes de qualquer outro país, a “resolução de sanção” do Conselho de Segurança, ao invés de se retratar; a recrudescente hostilidade nos obriga a deixar de manter a paciência.
O objetivo principal do atual teste nuclear é demonstrar a indignação do nosso exército e povo ante o ato hostil criminoso dos EUA, a vontade e a capacidade da Coreia de Songun de defender a todo custo a soberania do país.
Nosso teste nuclear é uma medida justa de autodefesa que não contravém qualquer lei internacional. Já faz muito tempo que o império colocou a RPDC na lista de alvos de golpes nucleares preventivos; enfrentar, através do poder nuclear dissuasivo, a essa recrudescente ameaça nuclear dos EUA é uma medida de autodefesa absolutamente justa.
A fim de salvaguardar o máximo interesse do país, a RPDC retirou-se do Tratado de Não Proliferação (TNP) seguindo o processo legítimo, e optou pela via de dispor-se do poder nuclear dissuasor para autodefesa. Na história de mais de 60 anos da ONU, se realizaram na Terra mais de 2 mil testes nucleares e mais de 9 mil lançamentos de satélites, mas não houve qualquer resolução do Conselho de Segurança que proibisse fazê-los.
O império, que realizou o maior número de testes nucleares e lançamentos de satélites, instigou a aprovação da “resolução” do CS que não permite fazê-los só à RPDC, o que advém da violação dos direitos internacionais e do clímax da pauta de dois pesos e duas medidas.
Se o Conselho de Segurança da ONU tivesse agido com a mínima equidade, não teria questionado o exercício da autodefesa e as atividades da ciência e tecnologia com fins pacíficos de um país soberano sem a política de golpe nuclear preventivo dos EUA, que ameaça a paz e a segurança internacionais.
O presente teste nuclear advém da primeira contramedida tomada pela RPDC, que se mantém no máximo controle de si mesma. Se os Estados Unidos criam uma situação complicada e tomam até o fim medidas hostis contra a RPDC, esta não poderá fazer menos que tomar sucessivamente a segunda e a terceira contramedidas.
Os registros dos navios de guerra e o bloqueio marítimo de que falam tanto as forças hostis serão consideradas ações de guerra e provocarão um golpe de represália impiedoso por parte da RPDC aos ninhos principais. Os Estados Unidos devem optar por um dos dilemas: respeitar o direito ao lançamento de satélite da RPDC, para abrir a conjuntura de alívio e estabilidade; ou seguir tomando o atual caminho errôneo em direção à tensa situação, perseguindo até o fim a política hostil contra a RPDC.
Caso escolha o caminho de confrontação, o mundo verá corretamente como defenderão até o fim os uniformizados e os civis da RPDC a sua dignidade e soberania no combate de vida ou morte entre a justiça e a injustiça e com isso, acolherão com o triunfo final, o grande evento revolucionário da reunificação da pátria".
Com informações do Conselho da Embaixada da República Popular Democrática de Coreia no Brasil.
Tradução da Redação do Portal Vermelho.