Irã lamenta adiamento de conferência sobre armas nucleares
O ministro de Assuntos Exteriores do Irã, Ali Akbar Salehi, lamentou neste domingo (03) a postergação da conferência “Um Oriente Médio sem Armas Nucleares”, cuja celebração estava prevista para o passado dezembro, em Helsinque, capital da Finlândia.
Publicado 04/02/2013 11:43
“Desde a década de 1970, a República Islâmica do Irã propôs a criação de uma zona livre de armas nucleares no Oriente Médio; finalmente, se estabeleceu a celebração no dezembro passado de uma conferência internacional em Helsinque, mas, infelizemente, ela foi anulada e sem qualquer justificativa”, afirmou o chanceler iraniano no marco da Conferência sobre Segurança Internacional em Munique (Alemanha).
Salehi reiterou que enquanto o Irã enfatiza a necessidade de celebrar a conferência mencionada, alguns países adotam condutas baseadas na imposição e no unilateralismo para impedir a sua materialização. “Aqui temos uma pergunta importante: quem está, realmente, em busca de criar uma zona livre de armas nucleares e quem não está?”, perguntou o chefe da diplomacia iraniana.
O ministro anunciou, assim mesmo, que a próxima rodada de diálogos entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) se realizará no próximo 25 de fevereiro no Cazaquistão. Nesta data, continuou, cada parte oferecerá seu próprio pacote de propostas: O do Irã consiste em 5 pontos, enquanto o do sexteto consta de 3 fases.
“A República Islâmica do Irã nunca se retirou das conversações om o G5+1 e sempre esteve disposta a continua-las até que se alcance um acordo aceitável e satisfatório para as duas partes”, precisou. Salehi, após mencionar a decisão do Irã de usar uma nova geração de centrífugas nas instalações nucleares do país, destacou que o desenvolvimento deste processo está sob a plena supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
A Conferência de Segurança de Munique iniciou seu trabalho na sexta-feira (01), com mais de 400 participantes que se reuniram ara estudar temas da atualidade destacados, como a crise no Mali, no Egito e na Síria, entre outros temas importantes, incluindo os avatares do mundo muçulmano e árabe nos dois anos da onda de “Despertar Islâmico” e a retirada de soldados estranjeiros, liderados pelos EUA, do Afeganistão, no final de 20 14.
Fonte: Hispan TV
Tradução da Redação do Vermelho.