Trabalhadores da Petrobras fazem ato segunda e votam nova greve
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) definiu indicar à categoria a realização de novos atos e mobilizações, na segunda-feira (4) e novas assembleias para que a categoria vote o indicativo de greve por tempo determinado, entre 20 e 24 de fevereiro. Os trabalhadores realizaram uma greve de 24 horas na segunda-feira (28) com adesão de cerca de 80% do efetivo. Eles reivindicam regras mais claras para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Publicado 01/02/2013 10:40
Na segunda o Conselho de Administração da Petrobras se reunirá para definir os resultados do ano de 2012, inclusive o montante de PLR a ser destinado. Ainda no mesmo dia devem começar as assembleias para definir a nova paralisação. O indicativo foi definido pelo Conselho Deliberativo da FUP que se reuniu na quarta (30) e quinta (31), no Rio de Janeiro, para avaliar o resultado da greve do dia 28 e traçar novas estratégias de luta.
De acordo com a FUP, estão sendo solicitadas novas audiências com as presidências da Petrobrás e do seu Conselho de Administração para levar as reivindicações dos trabalhadores.
A categoria alega que as mobilizações são para impedir que a Petrobras tente penalizar os trabalhadores, reduzindo em mais de 50% os valores da PLR, enquanto preserva integralmente a remuneração dos acionistas, sem alterar os dividendos, apesar da queda do lucro.
Para a FUP e seus sindicatos, os resultados negativos da empresa são fruto de uma política equivocada de gestores indicados por esses mesmos acionistas, que, durante anos a fio, não investiram, como deveriam, na manutenção de áreas operacionais, levando à degradação de plataformas e colocando em risco a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente.
O resultado dessa política de gestão se expressa muito além da queda da produção e do lucro da Petrobras. Nos últimos dez anos, 144 trabalhadores morreram em acidentes na empresa. Só em outubro do ano passado, foram três mortes em menos de quinze dias. Em função de denúncias e cobranças da FUP e de seus sindicatos, os órgãos fiscalizadores interditaram nos últimos anos diversas plataformas, devido à insegurança operacional.
A Petrobras, em nota divulgada há alguns dias, reafirmou que está aberta para a negociação com os trabalhadores.
Com informações da FUP