Campus Party revela as profissões do futuro

O que há em comum entre as profissões de robocista, analista de redes sociais, desenvolvedor de aplicativos e blogueiro? Além do fato de estarem relacionadas à área de tecnologia, todas essas atividades ainda não são muito conhecidas. Alguns dos participantes da Campus Party, em São Paulo (SP), exercem essas funções. Eles conversaram com a reportagem da EBC e contaram que o mercado de trabalho procura, cada vez mais, pessoas nessa área.

Robocista

O trabalho na construção de robôs vai muito além da construção de humanoides. As possibilidades vão desde a interação de máquinas com redes sociais até a construção de um carro para visitar a lua. A estudante de engenharia elétrica Mariana Mascarenhas está envolvida justamente nesses dois projetos.

Ela e alguns amigos abriram a Eletrocriativa, empresa que cria campanhas que envolvem robôs e redes sociais. “A gente pode fazer, por exemplo, uma campanha em um shopping que, com certo número de curtidas no Facebook, uma estrutura se mexa”, explica.

Na Campus Party deste ano, Mascarenhas foi uma das selecionadas para ajudar na construção de um carro que vai para a lua. Para a robocista, o mercado tende a crescer, mas ainda falta ensino especializado: “minha universidade não dá um foco próprio para isso. Tenho que me virar por conta”.

Analista de redes sociais

O analista de redes sociais é um profissional que monitora redes sociais de empresas e cria estratégicas com bases nas métrica. Germano Parra atua no setor e não tem problemas para arranjar trabalho. “Acabei de ser “roubado” da empresa que eu trabalhava para outra. Estar presente nas redes virou necessidade das empresas”, diz.

Formado em marketing, Parra também acredita que falta especialização na área. “A parte educacional tem que se reciclar um pouco. Mas quem tentar aprender por conta vai ter v/mais antagem”, diz.

Desenvolvedor de aplicativos

A febre dos dispositivos móveis (celulares e tablets) têm rendido uma oportunidade de trabalho para programadores. Tanto que Marlon Carvalho garantiu um emprego no Serviço de Processamento de Dados (Serpro) e ainda desenvolve alguns apps por conta. “Com certeza, é um mercado que não tende a saturar. Nem mesmo o de desenvolvedores de sites saturou”.

Marlon foi responsável pela criação do EncomendaZ, aplicativo de rastreamento de entregas nos correios. Desde 2004 no ramo, ele percebeu a explosão de demandas com a popularização dos celulares. “Mesmo com mais mão de obra no mercado, sempre vai haver vagas. Só precisa estudar”, afirma.

Blogueiro especializado

O estudante de ciência da computação Bruno Braga não tinha a intenção de ganhar dinheiro com blogs. Apenas queria se divertir com os amigos publicando online. A coisa começou a mudar quando a audiência do Opreh (focado em assuntos nerds) aumentar e os amigos desistirem de tocar o blog. “Comecei a colocar anúncios na página e também estou começando a fechar parcerias com portais de notícias para publicar por lá”, conta.

Bruno diz que já ganha um bom dinheiro com a página, mas que o importante é não focar só na diversão. “O mercado cresceu tanto que já tem gente entrando só para ganhar dinheiro. É preciso ter paciência”, conta.

Fonte: EBC