Petroleiros decidem na quarta novos rumos por PLR da Petrobras

O conselho deliberativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP) se reunirá na quarta-feira (30) para definir os próximos passos da mobilização deflagrada na segunda (28) com uma paralisação de 24 horas para reivindicar regras claras para o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) da Petrobras. Algumas refinarias interromperam atividades no domingo (27).

Segundo o coordenador da federação, João Antonio de Moraes, a Petrobras informou oficialmente que está aberta para negociações, mas não aceitou pedido de reunião feito pela entidade.

Moraes divulgou que dos 70 mil trabalhadores da Petrobras, perto de 50 mil (70% da categoria) aderiram à paralisação. Já no estado de São Paulo, o Sindicato dos Petroleiros do Estado de São Paulo (SindipetroSP) calcula que adesão tenha sido de 80% da categoria. A base paulista conta com duas refinarias, dois prédios administrativos e sete terminais. Deles, apenas um prédio administrativo, localizado na avenida Paulista, não aderiu ao movimento, de acordo com o sindicato.

Em nota emitida na segunda, a Petrobras afirmou que apresentou, em dezembro, uma proposta para pagamento antecipado da PLR de 2012, com base em critérios adotados em anos anteriores para a antecipação. São levados em conta na PLR os resultados da Petrobras dos três primeiros trimestres de cada ano. A empresa garantiu que permanece aberta à negociação com as entidades sindicais.

A proposta de adiantamento da PLR apresentada pela Petrobrás no início de dezembro foi massivamente rejeitada pela categoria, que não aceita que a empresa mantenha os dividendos dos acionistas e proponha reduzir em mais de 50% a PLR da categoria.

A FUP justifica a mobilização afirmando que desde meados de dezembro, os petroleiros estão mobilizados, cobrando da empresa a negociação dos valores integrais da PLR 2012, para impedir a definição do pagamento de forma unilateral como teria feito nos últimos anos, segundo os trabalhadores. Os trabalhadores exigem regras e critérios transparentes, democráticos e justos.

No dia 16 de janeiro deste ano, a FUP se reuniu com o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest) para cobrar do governo uma solução, mas não obteve nova proposta.

Com informações da FUP e agências