Socorro Gomes: Cuba é um exemplo de solidariedade para o mundo
“Para buscar o equilíbrio no mundo é preciso que haja respeito às nações e aos povos para que eles possam construir seu caminho de forma soberana e conquistar um mundo justo, onde o ser humano possa se desenvolver plenamente” analisou a presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP), Socorro Gomes em entrevista exclusiva para programa "Canal Aberto".
Por Érika Ceconi, na Rádio Vermelho
Publicado 24/01/2013 18:26
Socorro participará da 3ª Conferência Internacional sobre o Equilíbrio do Mundo, que será realizada em Cuba, de 28 a 30 de janeiro. O evento homenageará os 160 anos do nascimento de José Martí, que na definição da pacifista é um herói não só para os cubanos, mas para toda a região por ser um prócer da integração latino-americana.
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“A questão do respeito, da dignidade do homem e da soberania dos povos foi sempre uma grande marca no pensamento de José Martí”, disse. De acordo com ela o fórum será uma oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre o herói da independência cubana e debater os problemas dos povos do mundo. “Para nós, é um momento ímpar ter este contato com a história deste pensador e, ao mesmo tempo, estar em Cuba, que é um exemplo de solidariedade para o mundo".
A presidenta do CMP destacou apesar da ilha sofrer há mais de 50 anos com o bloqueio estadunidense, conseguiu vencer grandes desigualdades, o que qualificou de uma inspiração para as outras nações. Ela também ressaltou que Cuba assumirá, na próxima segunda-feira (28), a presidência da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), da qual os Estados Unidos não fazem parte. "Isso é uma vitória do pensamento martiano a integração sob novos paradigmas, sem a presença das potências imperialistas".
Ela também denunciou a política colonialista dos Estados Unidos que, apesar da promessa feita pelo presidente reeleito Barack Obama de fechar a prisão em Guantânamo, pretende mantê-la aberta e também condenou o processo judicial e as sanções impostas para os cinco antiterroristas cubanos.
Cerca de 600 delegados de 43 países estarão presentes no evento. Em coletiva de imprensa, o vice-presidente do Comitê Organizador, Héctor Hernández Pardo, considerou que a ampla participação é uma maneira de reivindicar o valor das ideias e o pensamento no mundo marcado pela crise econômica.
Ouça a entrevista na íntegra: