José Reinaldo: Dilma desmascara análises catastróficas da mídia
"Dilma bateu duro e respondeu aos que incessantemente fizeram a política do contra". Esse foi o tom dado pelo editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, em mais uma reflexão no programa Ponto de Vista, após pronunciamento nacional da presidenta Dilma Rousseff.
Publicado 24/01/2013 10:40
Outro fator abordado por Reinaldo, que também é secretário de Comunicação do PCdoB, foi o anúncio das centrais sindicais sobre sua agenda de mobilização em 2013, especialmente sobre a marcha que as entidades realizarão em 6 de março para pedir a votação, na Câmara dos Deputados, do projeto que prevê o fim do Fator Previdenciário.
Dilma confirma compromisso com as mudanças
Para o dirigente, a presidenta Dilma Rousseff tomou a iniciativa política, quebrou o silêncio e começou a romper o cerco de desinformação e mentiras armado pela mídia e os partidos conservadores e neoliberais. Segundo ele, ela partiu para a ofensiva política e deu um recado claro, ao chamar a nação se unir em torno do programa de mudanças que a elegeu e do projeto nacional de desenvolvimento.
"Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite de quarta-feira (23), a presidenta desfez os boatos e desmascarou as análises catastrofistas abundantes nos meios de comunicação sobre a suposta crise energética do Brasil, a qual seria, sempre segundo a ótica desses meios, fruto da desídia e da incompetência do governo. Mais importante ainda, com dados técnicos irrefutáveis e a segurança de quem domina o assunto e tem autoridade política para encaminhar as melhores soluções para os problemas nacionais, descartou em absoluto a hipótese de estrangulamento no abastecimento elétrico e de racionamento. O que já estava claro para a população foi reafirmado: a era dos apagões, característica do período das trevas do governo conservador e neoliberal de FHC, ficou definitivamente para trás", disparou.
Quem ganha é o brasileiro
Ele afirma que ao tomar este posicionamento, a presidenta coloca em prática uma medida de forte impacto social: já a partir desta quinta-feira (24), a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços, uma redução maior do que a anunciada em setembro do ano passado.
“É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros. Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média”, afirmou, citando a presidenta Dilma.
Segudo ele, a crítica aos pregoeiros do apagão foi severa: “Surpreende que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava. E agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas”, explicou.
Aumento do emprego e redução da pobreza
Ele lembra que a mandatária ampliou a sua crítica àqueles que insistem em não admitir que o governo está fazendo esforços para transitar rumo a uma nova orientação econômica, malgrado as dificuldades. Ela bateu duro naqueles que, segundo ela, “são sempre do contra”, e não acreditavam que o governo conseguiria baixar os juros, aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza.
Mobilização das Centrais para 2013
O outro fato positivo, também na quarta-feira (23), foi a confirmação pelas centrais sindicais da realização de uma grande marcha a Brasília no dia 6 de março, com o propósito de entregar ao governo uma pauta de reivindicações, baseada na Agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).
Reinaldo pontua que a intenção dos sindicalistas é entregar essa pauta diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Os representantes das centrais entendem que a data é pertinente, pelo fato de coincidir com as semanas iniciais dos trabalhos da Câmara Federal em 2013.
Além disso, ele aponta que entre os dias 4 e 8 de março a cidade de Brasília também abrigará o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que poderá contribuir de maneira determinante para o sucesso da marcha.
"A iniciativa reveste-se de enorme importância. Nada mais necessário no país para fazer deslanchar a luta pelo desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e justiça social, do que a mobilização e a luta organizada dos trabalhadores da cidade e do campo. Ainda há grandes empecilhos impostos pelas classes dominantes à execução da agenda dos trabalhadores. O governo precisa se abrir às reivindicações trabalhistas e dar livre curso ao atendimento das justas demandas das classes trabalhadoras. A pauta dos trabalhadores contém como pontos principais o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, a destinação 10% do PIB para a Educação e 10% do PIB para a Saúde, a reforma agrária, a valorização das aposentadorias, a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT e a realização de efetivas mudanças na política macroeconômica", acentua o dirigente.
Este é o caminho
Reinaldo finaliza afirmando que "a unidade em torno das propostas democráticas e desenvolvimentistas do governo e a mobilização e luta sociais dos trabalhadores, o mais importante sujeito político e social do país, a classe capaz de ver o desenvolvimento com perspectiva de futuro e reais possibilidades de mudanças sociais, para que o Brasil se transforme não só num país desenvolvido, mas também num país socialmente justo e progressista".
Ouça o Ponto de Vista na Rádio Vermelho: