Dilma diz que combate ao crime exige presença nas fronteiras
No programa “Café com a Presidenta” desta segunda-feira (21), a presidenta Dilma Rousseff falou sobre o Plano Estratégico de Fronteiras e os bons resultados que tem alcançado na prevenção e na repressão ao crime organizado. Para ela, essa “é uma das grandes contribuições que o governo federal dá para a segurança pública no nosso país”.
Publicado 21/01/2013 11:53
“Mesmo sendo a área de segurança pública uma responsabilidade constitucional dos estados, o governo federal tem o dever de participar, na sua área de atuação, para a melhoria da segurança pública por meio de programas”, explicou, citando o programa de construção de presídios de segurança máxima, as ações de inteligência da Polícia Federal e das Forças Armadas, que permitem desmontarem as quadrilhas que atuam no Brasil, e a proteção de fronteiras.
Segundo a presidenta, desde o início do plano, há um ano e meio, foram apreendidas 360 toneladas de drogas, 2,2 mil armas, 280 mil munições e 20 toneladas de explosivos. Além de terem sido desarticuladas 65 organizações criminosas, com a prisão de mais de 20 mil pessoas.
“Se essas drogas não tivessem sido apreendidas, teriam sido levadas para as grandes cidades e também para o interior do nosso país, alimentando redes de tráfico de entorpecentes e o crime organizado”, destacou, reafirmando o propósito de continuar agindo com muita firmeza na proteção das fronteiras e da população.
Para Dilma, as ações combinadas das Forças Armadas, como a Operação Ágata, e das Forças de Segurança, como a Operação Sentinela, estão funcionando bem.
Rede de proteção
A presidenta Dilma explicou como funciona o plano, que consiste em duas grandes operações: a Operação Ágata (foto de apreensão de drogas em embarcação no Amazonas), liderada pelo Ministério da Defesa e que mobiliza as Forças Armadas, e a Operação Sentinela, coordenada pelo Ministério da Justiça e que reúne a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Força Nacional de Segurança.
Ela lembrou ainda que o país conta com uma fronteira de mais de 16 mil quilômetros com dez países da América do Sul. “Os criminosos escolhem as regiões mais vulneráveis da nossa fronteira para o tráfico de armas e de drogas e também para o contrabando. Por isso, o combate ao crime tem exigido uma ação firme e uma presença forte do governo federal nas regiões de fronteira.”
De acordo com a presidenta, o Brasil já firmou acordos com países como Colômbia, Peru e Bolívia para combater de forma mais efetiva o crime organizado na região. A ideia do governo brasileiro, a partir de agora, é intensificar essa cooperação na área de inteligência e também na repressão ao crime.
“É com ações como o Plano Estratégico de Fronteiras que nós vamos construindo, junto com os países vizinhos, uma sólida rede de proteção das fronteiras, combatendo o tráfico de drogas, o contrabando de armas, o crime organizado. Com isso, trabalhamos pela segurança das famílias nas cidades brasileiras e por uma convivência de paz e harmonia com os países da América do Sul.”
Da Redação em Brasília
Com agências