Dilma quer transformar “Mapito” em fronteira de desenvolvimento
Em visita ao Piauí, nesta sexta-feira (18), a presidenta Dilma disse que o governo tem tomado uma série de medidas para mitigar os efeitos da seca. E afirmou ainda que se empenhará para levar projetos que gerem renda e emprego e transformem a região do “Mapito” (Maranhão, Piauí e Tocantins) a nova fronteira de crescimento econômico no Brasil.
Publicado 18/01/2013 16:18
A presidenta Dilma Rousseff visitou, pela manhã, no município de São Julião (PI), as obras do Sistema Adutor de Piaus I e, em seguida, participou da assinatura de ordens de serviço. Às 12h30, Dilma chegou a capital, Teresina, e, às 15h, fez a entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida. A presidenta volta à Brasília no final da tarde.
Em seu discurso em São Julião, cidade piauiense a 380 quilômetros de Teresina, ela disse que a região de “Mapito”, que compreende parte dos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins, é a nova fronteira de desenvolvimento do país, a exemplo do que foi o Centro-Oeste nas últimas décadas. Segundo ela, investimentos maciços precisam ser feitos em infraestrutura, incluindo rodovias e ferrovias, para que todo o potencial seja aproveitado.
A presidenta também afirmou que 2013 será o ano do crescimento sustentável e sistemático no Brasil. Segundo ela, o país está no rumo certo e vai colher os frutos das ações executadas nos últimos dois anos.
“2013 vai ser o ano que nós vamos colher muitas coisas que nós plantamos. Vai ser o ano que nós vamos plantar ainda mais do que vamos colher. Mas eu asseguro para vocês, 2013 será um ano em que nós teremos aquele crescimento sério, sustentável e sistemático”, afirmou Dilma.
Ela disse ainda para os trabalhadores rurais que “enquanto houver seca, esses programas vão existir. E queremos garantir que, depois da seca, melhorem as condições de vida das pessoas”. Os programas a que se referiu a presidenta são o Bolsa Estiagem e o Garantia Safra, que se somaram ao Bolsa Família para atender as famílias atingidas pela seca.
Segundo a presidenta, o governo está atento para evitar que a seca destrua “as condições de sobreviver e percam as condições de futuro (…) Com o programa Bolsa Estiagem e o Garantia Safra, a gente queria ter certeza de que as pessoas não passariam fome, não reduziram as suas condições de sobreviver “, explicou.
Outros benefícios
Durante o evento, a presidenta entrega 25 novas escavadeiras, adquiridas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para municípios piauienses com menos de 50 mil habitantes. O maquinário vai permitir a recuperação de estradas vicinais, que ligam as zonas rurais às cidades, para melhorar o transporte da produção rural de municípios dos Territórios da Cidadania de Entre Rios, Vale do Canindé, Vale dos Guaribas, Serra da Capivara e Cocais.
Também foram assinadas três ordens de serviço para a construção da Barragem e Adutora de Milagres, da Adutora Padre Lira e Barragem Jenipapo e do Projeto Irrigação, que devem beneficiar cerca de 144 mil pessoas da região no período de estiagem. Ao todo, o governo deve investir mais de R$260 milhões nesses projetos, por meio do Ministério da Integração Nacional.
Dilma também assinou uma medida provisória estendendo a Bolsa Estiagem e a Garantia Safra para os pequenos produtores rurais atingidos pela seca, além do fornecimento de milho, por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a preços subsidiados para os pequenos criadores alimentarem os animais.
Minha Casa, Minha Vida
Em Teresina, a presidenta Dilma Rousseff participou da da entrega de 400 apartamentos no conjunto habitacional Bem Viver, na Zona Sul de Teresina. O empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida contou com um investimento de R$16,5 milhões da Caixa Econômica Federal.
Segundo o superintendente do banco para o estado, Emanuel Veloso Filho, este é o primeiro condomínio vertical da capital piauiense dedicado a faixa 1 do programa, para famílias com renda de até R$1,6 mil. O conjunto habitacional ainda conta com estacionamento para 400 veículos, salão de festas, quadra de esportes, entre outras áreas de lazer. Parte dos apartamentos é adaptado para pessoas com deficiência e conta com portas mais largas e acessibilidade nos banheiros.
Da Redação em Brasília
Com agências