Rússia condena versão da CNN sobre massacre em faculdade síria
O chanceler russo, Serguei Lavrov, classificou, nesta quinta-feira (17), de blasfêmias os comentários do canal estadunidense CNN em referência a uma suposta responsabilidade das forças governamentais da Síria no atentado à universidade de Alepo, que deixou 82 mortos.
Publicado 17/01/2013 17:08
Durante uma coletiva de imprensa em Dushambe, onde chegou em visita oficial, Lavrov comentou que não podia imaginar maiores blasfêmias do que as que ele viu na CNN, dizendo que o ataque foi organizado pelas próprias forças armadas sírias.
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Explicou que de nenhum modo pode existir diferença de interpretação sobre o que aconteceu em Alepo, em menção à posição da Rússia e dos Estados Unidos.
“Não entendo como o atentado terrorista possa ser motivo para discrepâncias”, sublinhou o chanceler russo.
Recordou que os fatos ocorridos na terça-feira (15) em Alepo foram caracterizados como atentado por chefes de governos de numerosos países e pela ONU.
A Chancelaria russa condenou o ato e a morte de pessoas inocentes. Considerou que o ocorrido requer uma posição implacável de condenação da comunidade internacional em relação ao terrorismo. Uma ação desse tipo não pode ser justificada, sentenciou em comunicado o Ministério de Assuntos Exteriores da Rússia.
Por outro lado, Lavrov qualificou de “apressada a intenção de enviar à Corte Penal Internacional o chamado dossiê sírio, pois o mais importante para nós [em referência a Moscou] é o fim da violência”, afirmou.
Quando lhe perguntaram sobre a iniciativa anunciada pela Suíça, enfatizou que deveriam se concentrar nos esforços, especificamente para conseguir um cassar fogo e o fim da violência.
“A justiça deve prevalecer em relação a todos os que violem no mundo o direito internacional e o direito humanitário”, afirmou o chefe da diplomacia russa à emissora de rádio A Voz da Rússia.
Desde março de 2011, a Síria vive um violento conflito armado que já causou, segundo dados da ONU, pelo menos 60 mil mortos e mais de 600 mil refugiados.
Fonte: Prensa Latina