Crise na Síria é tema de reunião na Suíça
A crise da Síria, que já dura 21 meses, é tema de reunião marcada para esta sexta (11) em Genebra, Suíça, entre o emissário especial das Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe ao país, Lakhdar Brahimi, o subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, e o vice-chanceler da Rússia, Mikhail Bogdanov.
Publicado 11/01/2013 10:13
O encontro ocorre depois de o governo sírio ter criticado a atuação do emissário. Antes da reunião de hoje, houve uma prévia que englobou representantes da ONU e da Liga Árabe, além da União Europeia, da China, dos Estados Unidos, da França, do Reino Unido, da Rússia, da Turquia, do Iraque, do Kuwait e do Catar.
O governo da Síria manifestou indignação com declarações de Brahimi. Em uma entrevista, o emissário disse que o plano de saída para a crise, apresentado pelo presidente sírio, Bashar Al Assad, era "ainda mais sectário e parcial".
"As declarações de Lakhdar Brahimi mostram sua parcialidade flagrante a favor dos círculos [que conspiram] contra a Síria e o povo sírio", disse Al Watan, do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria.
A Chancelaria russa reiterou nesta quinta (10) a posição de que somente o povo sírio tem o direito de decidir o modelo de desenvolvimento futuro do país. "Os países relacionados devem envidar maior esforço para um diálogo incondicional entre o governo e os opositores. A Rússia mantém a mesma posição na questão síria", disse o porta-voz da Chancelaria, Aleksandr Lukashevich.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague, disse que, se a situação na Síria for agravada, a resposta da comunidade internacional deve ser revista. Segundo ele, as autoridades britânicas defendem que o embargo de armas seja alterado para permitir o fornecimento à oposição, o que é classificado por muitos como uma flagrante ingerência estrangeira nos assuntos internos do país. As sanções da União Europeia à Síria serão analisadas em 1º de março.
O chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, também apelou para que os países evitem qualquer intervenção estrangeira.
Com Agência Brasil