Irã condiciona conversas nucleares a reconhecimento de direitos
O Irã condicionou o sucesso das próximas conversas com a Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA) ao reconhecimento de seus direitos, disse nesta quarta (9) Fereydoun Abbasi Davani, diretor da entidade atômica iraniana.
Publicado 10/01/2013 10:01
A próxima rodada de conversas entre a República Islâmica e a AIEA está programada para o próximo dia 16.
"Os funcionários da AIEA devem ir às conversas sem preconceitos", sublinhou o diretor da entidade atômica iraniana, na cerimônia de recordação do assassinato de dois cientistas nucleares desse país, pelo qual Teerã responsabiliza os serviços secretos israelenses.
"As conversas serão frutíferas se a entidade atômica da ONU estiver determinada a enfocar a realidade de uma maneira justa e a reconhecer os direitos da nação iraniana", enfatizou Abbasi Davani.
Com relação ao programa de desenvolvimento nuclear de seu país, revelou que, desde o último dia 4, a central de Bushehr funciona à plena capacidade e foi ligada à rede energética nacional.
A exportação de eletricidade é um dos ingressos do comércio exterior desse país produtor de petróleo.
As potências ocidentais acusam o Irã de ter a intenção de usar a energia nuclera para construir um arsenal atômico; a república Islâmica refuta as alegações e reivindica o seu direito de ter um plano de desenvolvimento atômico enquanto país signatário do Tratado de Tlatelolco e membro da AIEA.
Fonte: Prensa Latina