Correa encabeça campanha por maioria parlamentar

O presidente equatoriano e candidato à reeleição pelo dirigente Movimento Aliança País, Rafael Correa, realiza uma intensa campanha eleitoral com atos em povoados e bairros para garantir o voto unido pela maioria parlamentar.

A consigna "Pátria para Sempre" é o ponto central defendido por Correa, seu candidato a vice-presidente, Jorge Glas, e os 137 candidatos a deputados 

Para poder aprofundar e radicalizar as conquistas sociais e transformar a matriz produtiva de um país onde o petróleo, seu principal recurso exportável, tem prazo fixo para se esgotar em poucas décadas, se requer um firme apoio parlamentar.

Ao aumentar para 137 o número de deputados – a maioria simples são 69 deputados -,seria possível aprovar várias das leis que permaneceram estancadas durante quatro anos pelo boicote das bancadas de oposição.

Tratam-se de leis tão essenciais como as de terras, do uso da água, o código penal para garantir a segurança cidadã e que os delinquentes presos não saiam em liberdade por manobras legais, a de cultura e a de comunicação, entre outras, que dependem dessa simples maioria.

Por estar plenamente consciente da importância de ganhar esses espaços, o dirigente Movimento Aliança País moveu quadros que ocupavam posições importantes no gabinete para serem candidatos a deputados nacionais e provinciais.

"A oposição que temos não é em absoluto democrática, senão conspiradora, obstaculizadora, chantagista, e conosco não funcionam as chantagens e a corruptela", afirmou Correa ao propor que cada voto por seus candidatos à Assembleia Nacional é também um voto para o Presidente.

Porque, esclareceu, não é possível governar com esta oposição, repetiu em numerosos comícios enquanto milhares de militantes do País cantavam as consignas "Um só turno" e a palavra de ordem "Já temos presidente, temos Rafael".

Junto a isso, o Movimento País se esforça em fortalecer sua unidade interna, capacidade organizativa e de mobilização popular, ante novas traições e uma forte campanha dos meios privados de imprensa, por alentar sua divisão e enfraquecer sua credibilidade.

É uma conjuntura em que, mais que guerra, se assemelha em ocasiões a uma avalanche midiática, por uma sincronização do ataque dos meios opositores, que tem por trás a mesma mão que tem atuado sempre contra governos progressistas na região.

Denunciada por um embaixador britânico e um jornalista chileno, a eventual ação da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) não foi confirmada nem descartada por Correa, ainda que tenha alertado ao povo sobre isso.

"Não ceriam nesse conto de que Correa precisa de oposição para governar melhor, nem no conto do equilíbrio do poder", destacou em numerosos atos. "A intenção (da oposição) é vender o país como o fizeram durante tantos anos", disse, ao chamar a impedir o regresso ao passado.

A campanha do voto unido em todos os lugares pela Lista 35, e não só pelo binômio presidencial Correa-Glas, é hoje o principal objetivo dos dirigentes do Movimento País, convencidos de que a Assembleia Nacional é o principal palco da batalha política.

Fonte: Prensa Latina