Estados Unidos: a loucura que não acaba

Sufocada pelo debate sobre o chamado “abismo fiscal”, que manteve acesa a chama de boa parte dos setores políticos e econômicos do mundo, a sociedade estadunidense parece ir deixando para trás a comoção causada pela matança de 20 crianças e outras seis pessoas em uma escola em Newtown, Connecticut, no último dia 14 de dezembro.

Armas EUA

A lei do pistoleiro ou a cultura das armas seguem imperando no vizinho do Norte. Um comunicado do FBI ressalta que em dezembro de 2012 foram registradas 2,8 milhões de medidas para a verificação de antecedentes, um controle utilizado para as vendas comerciais com licença federal, não sendo para a atividade de colecionadores, as vendas em feiras de armamento ou a comercialização entre particulares.

É um escandaloso recorde, que estabelece além disso uma marca para o ano de 19,6 milhões de solicitações de verificação de antecedentes em 2012. Quase um 20% superior aos de 2011.

Cifras tão alarmantes não revelam em toda a sua magnitude o fenômeno, pois quem passa pelo exame de verificação tem direito a comprar múltiplas armas. Mais poder de fogo para uma sociedade imprudente com mais de 280 milhões de armas nas mãos dos cidadãos.

Uma contagem aproximada do site estadunidense Slate registra em 409 os mortos por armas de fogo ocorridas nos Estados Unidos desde o massacre de Newtown até hoje. Uma média de 20 assassinatos diários nestas 20 jornadas. Entre as vítimas estão 25 crianças e adolescentes.

Enquanto as armas, a violência, a solução individual, o ter sobre o ser, a imposição pela força, continuarem sendo crença nos EUA, pouco mudará em uma sociedade cuja loucura não acaba.

Veja reportagens instantâneas de assassinatos por armas de fogo nos EUA em https://twitter.com/GunDeaths

Fonte: CubaDebate
Tradução: da Redação do Vermelho