Chuvas: o que fizeram os antigos gestores?

Obras não finalizadas, planos formulados e planejamentos não levados ao fim, orçamentos destinados e não gastos, prefeitos derrotados que abandonaram sua cidades e seu povo ao “deus dará”.

Lamentavelmente, municípios do estado vivem os estragos de rios que transbordam na soleira das casas, de canais pluviais entupidos pela coleta irregular ou inexistente do lixo urbano, casas ainda em áreas de risco, deslizamento de encostas e população sem alternativa. Em 24 horas, de forma absurda, duas pessoas morreram e mais de 3 mil famílias foram obrigadas a sair de suas casas.

Na Baixada Fluminense, onde os efeitos do temporal foram mais críticos, tive a possibilidade de avaliar in loco o descaso de antigas gestões durante os últimos meses. Nas calçadas, já havia uma imensa quantidade de lixo, fora as regiões mais pobres onde o saneamento básico continuava precário. Já assistíamos a situação absurda que aqueles municípios se encontravam.

A Comissão Especial de Prevenção de Catástrofes Climáticas, da qual participei, elaborou planos e projetos para o Brasil cumprindo sua responsabilidade. Cabe agora a cobrança regular, mas também cabe ao Ministério Público, a Assembléia Legislativa e as Câmaras municipais o papel fiscalizador e punitivo, pois estamos lidando com vidas e patrimônio público.

Desde as primeiras horas de quinta-feira, quando a chuva descia implacável nessas cidades, meu mandato ficou à disposição dos prefeitos eleitos para toda ajuda que fosse necessária. Fica registrada também minha solidariedade às famílias que enfrentam as perdas físicas e materiais. É ele, o povo, que merece o maior cuidado neste momento. Força para todos, estamos juntos.

*É deputada federal pelo PCdoB do Rio de Janeiro