Estudantes chilenos protestam contra fechamento de Universidade

Os jovens colocaram barricadas no quilômetro 137 da Rota 5 Sul, na rodovia Autopista del Maipo, em rejeição à decisão do Ministério de Educação de fechar a instituição de ensino superior, imersa por seus ex-diretores em um conhecido caso de lucro no ensino.

O bloqueio da estrada nesta segunda-feira, que foi suspenso após a chegada da polícia de Carabineros. Os protestos foram intensificados no fim de semana, com a ocupação da sede central da universidade em Viña del Mar, por estudantes e professores.

Após uma assembleia realizada no sábado (29), os alunos decidiram tomar o controle administrativo da instituição, que a nível nacional abarca 18 mil estudantes e quatro mil trabalhadores, incluído o corpo docente.

Os manifestantes exigem que sejam anuladas as dívidas dos estudantes com a instituição, que as universidades onde sejam realocados respeitem seu histórico curricular e que não se elevem as mensalidades de suas carreiras.

Na última quarta-feira, a Comissão Nacional de Educação decidiu revogar a personalidade jurídica da instituição, por causa de uma série de irregularidades, entre elas as desatadas pelo chamado caso Lucro, pelo qual estão em prisão preventiva o ex-presidente da Comissão Nacional de Crédito, Luis Eugenio Díaz e o outrora reitor dessa instituição de ensino superior, Héctor Zúñiga.

Segundo fontes judiciais, durante o período 2009 até 2011, Díaz recebeu ao redor de 300 milhões de pesos (uns 620 mil dólares) como pagamentos de assessorias realizadas a cinco universidades que procuravam a aprovação do Ministério de Educação para poder funcionar, entre elas as duas anteriores.

Em um discurso ao país na semana passada, o presidente Sebastián Piñera disse que compreendia a incerteza e angústia que afeta aos milhares de estudantes, e disse que o Governo procuraria a realocação em outras instituições de educação superior.

No entanto, o porta-voz da Assembleia das Federações de Estudantes da Universidade del Mar, Raúl Soto, explicou que as taxas que os estudantes terão que pagar serão multiplicadas e impossíveis de serem financiadas, já que a maioria é muito pobre.

Fonte: Prensa Latina