ONU aprova novo debate sobre tratado internacional de armas
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou por reiniciar as negociações sobre um projeto de tratado internacional para regular o comércio global de armas convencionais, que movimenta cerca de US$ 70 bilhões. O projeto, porém, sofre um lobby contrário da Associação Nacional do Rifle (NRA), dos Estados Unidos.
Publicado 26/12/2012 12:35

Delegados da ONU e ativistas pelo controle de armas reclamaram que as negociações ficaram paralisadas em julho. A justificativa para isso seria de que o presidente Barack Obama temia ataques do rival republicano Mitt Romney antes da eleição de 6 de novembro caso seu governo fosse visto como simpatizante do tratado, acusação que as autoridade norte-americanas negaram.
Mesmo com intensas críticas que vem sofrendo após o massacre, em 15 de dezembro, de 20 crianças e seis educadores em uma escola primária de Newtown, em Connecticut, o NRA é contrário a ideia de um tratado de comércio de armas e vem pressionando Obama para rejeitá-lo.
Mas, depois da reeleição de Obama, no mês passado, seu governo se uniu a outros membros de um comitê da ONU no apoio à retomada de negociações sobre o tratado. Essa medida foi estabelecida na última segunda-feira (24), quando a Assembleia Geral da ONU, com 193 países, votou a favor de uma rodada final de negociações entre 18 e 28 de março em Nova York.
Os ministros das Relações Exteriores de Argentina, Austrália, Costa Rica, Finlândia, Japão, Quênia e Grã-Bretanha – os países que escreveram a resolução – divulgaram um comunicado conjunto elogiando a decisão de retomar as negociações sobre o pacto.
Houve 133 votos a favor, nenhum contra e 17 abstenções. Vários países não compareceram, segundo diplomatas da ONU, por causa do feriado de Natal.
Fonte: Sul21