Apesar dos protestos, Paraguai fará acordo com multinacional

Enfrentando a uma onda de manifestações nos diversos setores do país, o governo paraguaio se prepara para assinar nesta sexta-feira um primeiro acordo para a instalação em seu território da multinacional Rio Tinto Alcán. 

O presidente Federico Franco chamou de antipatriotas aos que se opõem ao entendimento com o poderoso consórcio estrangeiro, mas as organizações sociais responderam com manifestações em frente ao Ministério de Indústria e Comércio para expressar seu repúdio a essa decisão.

As entidades, partidos de esquerda, especialistas e ambientalistas denunciaram que a multinacional canadense quer o subsidio oficial da energia que irá consumir e que a indústria de alumínio danificará as terras e as populações.

Eles indicam que chegaram a um acordo sem nenhum estudo ambiental e isso que vai favorecer os danos causados pelas emissões de chuvas ácidas como consequência do tipo de produção que deverá ser utilizado pela unidade multinacional.

O titular da Indústria e Comércio, Francisco Rivas, tentou acalmar as manifestações afirmando que no começo, só seria feito um acordo para a instalação da Rio Tinto no parque industrial junto a outras empresas.

No entanto, os organizadores da campanha acusaram o Executivo de mentir, pois os supostos acompanhantes da multinacional nesse parque não oferecem garantias desde o começo em instalar-se no Paraguai e o argumento só procura enganar o povo e deter os protestos populares.

A todas as preocupações existentes somou-se o segredo com o qual avançam as negociações pelos meios de comunicação local cúmplices do governo e por outro de seus aliados, o presidente do Senado, Jorge Oviedo Mato.

No momento, e para além de concretar-se a assinatura do primeiro acordo chamado pelo governo de mais uma carta de intenção, anunciou-se que os protestos nas ruas contra a instalação  da Rio Tinto continuarão. 

Fonte: Prensa Latina
Tradução Léo Ramirez