Haddad, Nádia e 55 vereadores foram diplomados nesta quarta
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi diplomado na tarde desta quarta-feira (20) em cerimônia organizada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Além de Haddad e da vice-prefeita eleita, Nádia Campeão, foram diplomados os 55 vereadores que tomam posse em 2013.
Publicado 20/12/2012 11:16
Durante discurso no evento, realizado na Sala São Paulo, o futuro prefeito destacou o papel do Legislativo para a cidade. “Quando há generosidade e espírito público, o Legislativo sempre melhora aquilo que o Executivo propõe”, afirmou. “Os projetos são feitos por técnicos de gabinete e quando entram no terreno do Legislativo, ganham a contribuição da sociedade, representada pelos vereadores”, disse o prefeito eleito, que se comprometeu em manter um bom relacionamento de todo o seu governo com a Câmara Municipal.
Ainda em seu discurso, Fernando Haddad voltou a falar sobre a importância de São Paulo e as mudanças que pretende empreender à capital. “São Paulo não é apenas uma cidade, mas abastece o país de ideias, de conhecimento, produção cultural, de bens e serviços. É a cidade que mais inova, e o Brasil conta conosco”, disse. Haddad também pediu união para a solução dos problemas da cidade. “Temos inteligência instalada, temos vigor e autonomia, altivez para apresentar soluções para os problemas reclamados pelos paulistanos.”
Câmara em 2013
No próximo ano, metade da Câmara Municipal será renovada. Além da taxa de renovação de 40% registrada nas urnas, o vereador eleito Antonio Carlos Rodrigues (PR) deverá continuar no Senado, no lugar da ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), e cinco vereadores eleitos assumirão secretarias no governo Haddad: Antonio Donato (PT), Eliseu Gabriel (PSB), Netinho de Paula (PCdoB), Ricardo Teixeira (PV) e Celso Jatene (PTB).
Orçamento
Nesta terça-feira (18), Fernando Haddad conseguiu garantir uma margem de remanejamento de 15% no Orçamento municipal de R$ 42 bilhões, aprovado pelos vereadores. O texto prevê R$ 660 milhões para subsidiar o transporte público, valor inferior aos R$ 960,78 milhões que a prefeitura deve gastar neste ano.
O valor do subsídio aprovado para 2013 é o mesmo previsto no Orçamento deste ano. No entanto, o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), elevou os recursos em 2012 por meio de dois decretos. A tarifa de R$ 3 não é reajustada há dois anos e, se for mantida, a prefeitura deverá gastar R$ 1,5 bilhão por ano para manter esse valor, segundo cálculo de vereadores da Comissão de Finanças. Haddad já anunciou que elevará a tarifa no começo da gestão.
Além de o subsídio para o transporte não ter sido elevado, a peça orçamentária não prevê recursos para custear os R$ 400 milhões estimados para o Bilhete Único Mensal, nem os R$ 180 milhões para cobrir os gastos com o fim da taxa de inspeção veicular, duas das principais bandeiras de campanha de Haddad.
Com agências