Eleição na Venezuela: Uma homenagem a Chávez; uma derrota dos EUA

O sufocante triunfo do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) nas eleições deste domingo (16) no país constituiu sem dúvida nenhuma uma merecida homenagem ao presidente Hugo Chávez, e outra derrota contundente em menos de dois meses para a direita ultraconservadora latino-americana e para seus patronos dos Estados Unidos.

Por Patricio Montesinos*, no CubaDebate

Eleições Venezuela

A vitória dos socialistas em 20 dos 23 estados da Venezuela foi também uma resposta contundente às declarações indignas do inquilino da Casa Branca, Barack Obama, sobre Chávez, que se encontra em processo de recuperação em Cuba, após ter sido submetido a uma complexa e delicada operação.

A Venezuela voltou a dar outra dura bofetada em Washington que tem feito o impossível, por meio de seus conhecidos métodos de subversão, por conseguir que as tradicionais forças políticas neoliberais voltem ao poder nesse Estado de nossa região, e se interrompa a Revolução liderada por seu atual mandatário.

O regime estadunidense, encabeçado por Obama já havia sofrido outro contundente revés com o triunfo de Chávez nas eleições presidenciais de novembro passado, nas quais liquidou o candidato promovido e financiado pela Casa Branca, Henrique Capriles.

Diante das recém celebrada eleição regional, o PSUV controla agora mais de 94% do território venezuelano, o que lhe permite consolidar o projeto de independência e soberania empreendido por Chávez e que se estende hoje como pólvora por toda América Latina.

Não é um segredo para ninguém que a conquista dos socialistas venezuelanos constitui da mesma forma um empurrão nos processos de mudanças que ocorrem em um grupo de países latino-americanos como Equador, Bolívia, Uruguai, Argentina e Nicarágua, para citar alguns.

Ao mesmo tempo, é um importante incentivador para a consolidação da unidade regional através de organizações integracionistas criadas nos últimos anos, como a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e o Mercado Comum do Sul (Mercosul).

De outro lado, a vitória do PSUV evidencia claramente o fortalecimento da liderança de Chávez, não apenas em seu país, como também internacionalmente, algo que deixa Washington muito preocupado, que o deixou claro, ao apostar até em uma eventual desaparição física do presidente.

Mas as mostras de solidariedade em todos os rincões do planeta para com o mandatário venezuelano e líder latino-americano obscureceram os desejos perversos do regime dos Estados Unidos, que uma vez mais demonstrou que não tem sequer uma gota de humanidade, e carece totalmente de escrúpulos.

*Patricio Montesinos é jornalista espanhol, correspondente do CubaDebate em Madri

Tradução: da Redação do Vermelho,
Vanessa Silva