Governo da Colômbia fala em paz, mas faz a guerra, diz dirigente
O seminário internacional promovido pela CTB e pelo CES recebeu nesta quarta-feira (12) a participação de Carolina Ojeda Marulanda, militante da Marcha Patriótica, da Colômbia. Para a jovem, que fez um importante relato sobre o atual cenário político em seu país, o governo de Juan Manuel Santos vive falando de paz, mas põe em prática a guerra.
Publicado 14/12/2012 09:25
Carolina falou aos sindicalistas que acompanhavam o seminário sobre a necessidade de uma agenda Brasil-Colômbia, de solidariedade entre os povos das duas nações, em nome da paz. A militante da Marcha Patriótica também apresentou alguns dados significativos sobre a violência em seu país. Somente em 2012, houve 52 mortes de sindicalistas e membros de movimentos sociais. “Temos um mínimo espaço democrático. Vivemos uma verdadeira violência de Estado”, relatou.
Luta pela paz
A Marcha Patriótica é um movimento político e social colombiano, fundado em 21 de abril de 2012. Seu manifesto defende, entre outros pontos, a necessidade de uma saída negociada e pacífica para o conflito armado existente no país, além da soberania popular e a reforma agrária.
A CTB esteve presente ao grande ato de lançamento da Marcha Patriótica, com a presença de seu secretário de Políticas Sociais, Carlos Rogério Nunes (clique aqui para ler o Manifesto da Marcha Patriótica).
Fórum em Porto Alegre
A jovem avisou a todos que em maio de 2013 será realizado, em Porto Alegre (RS), o Fórum pela Paz na Colômbia, ocasião em que o tema será debatido com profundidade por representantes de países de toda a América Latina.
Para João Batista Lemos, secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, o que se passa na Colômbia reforça a ideia de que a solidariedade entre os povos é parte fundamental do processo de integração necessário para a América Latina.
“Isso é uma tarefa nossa também, dos trabalhadores, pois temos que defender a democracia. E nossa luta não pode se limitar apenas ao que se passa no Brasil. A integração também se faz pela solidariedade e pela unidade de ação”, afirmou o dirigente da CTB.
Fonte: Portal CTB