Brasil dá seu último adeus a Oscar Niemeyer

O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer está sendo levado neste final de tarde de sexta-feira para o cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde será enterrado. Cerca de 150 pessoas assistiram ao culto ecumênico que encerrou o velório iniciado às 8h30, no Palácio da Cidade.

A cerimônia durou 30 minutos e foi acompanhada por parentes, amigos, colegas de profissão e admiradores anônimos que chegaram ao palácio pouco antes de os portões serem fechados e foram autorizados pela família a permanecer no salão.

A viúva, Vera Lúcia, ficou especialmente emocionada quando, de mãos dadas, o público cantou a música "Suíte do pescador", de Dorival Caymmi, puxada pelo pastor luterano Mozart Noronha. No momento de saída do caixão, os companheiros aplaudiram e cantaram a Internacional, hino dos comunistas.

Os comunistas franceses prestaram uma homenagem a Oscar Niemeyer. O arquiteto, que morreu nesta quarta-feira, projetou a sede do Partido Comunista durante o exílio na França nos anos 70.

No outrora proletário leste de Paris, a obra de Oscar Niemeyer, que morreu aos 104 anos, se destaca por suas curvas, com uma bolha de concreto branco que sai do chão.

Foi sob esta bolha que as autoridades do Partido Comunista Francês (PCF), que em 2012 conta com dez deputados, negociaram com os socialistas do futuro presidente François Mitterrand quando eram a maior força política da França.

"Este é um pedaço de terra brasileiro", afirma sorridente Gérard Fournier, administrador do prédio.

"Foi a primeira vez que tivemos um estilo deste, de concreto e vidro", lembra Georges Cukierman, ou "Jojo", militante do PCF "há 70 anos".

Fonte: da Redação, com agências