Piedad pede participação da sociedade para construção da paz 

A ex-senadora, porta-voz do movimento Colombianos e Colombianas pela Paz e defensora de direitos humanos, Piedad Córdoba, destacou a grande responsabilidade que a imprensa tem para construir posicionamentos a favor da paz, durante o Encontro Internacional Povos Construindo a Paz, que ocorre em Bogotá até a próxima quinta-feira (6).

Piedad Córdoba - Encontro pela paz - Ernesto Che Mercado

“Necessitamos que a comunidade internacional saiba que estamos mais próximos do que longe do nobre propósito da paz, manifestou, e a imprensa tem a responsabilidade de contribuir decisivamente para isso, sobretudo em momentos que estamos empenhados em edificar uma nação que quer acabar com a guerra”, disse. 

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"Queremos andar por um caminho diferente ao da morte, queremos uma nação livre, com paz e justiça social, que respeite os direitos humanos, onde as notícias de cada dia não sejam os massacres ou bombardeios da vez, mas mensagens de esperança e amor", destacou. 

Sobre as declarações do presidente Juan Manuel Santos, relacionadas que em novembro de 2013 haverá uma definição das negociações de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), ela argumentou que essa paz não se pode condicionar em atos ou datas posteriores, aludindo a uma eventual candidatura de Santos para a reeleição.

“Não se pode jogar com a opinião pública”, disse. Um conflito que já dura cinco décadas requer um processo que tenha participação de toda a sociedade. Claro que o presidente tem direito de ser reeleito e , se o faz bem, embora as pesquisas apontem que não, será reeleito, opinou.

Também pediu uma posição única das autoridades colombianas frente as conversas em Cuba com as Farc “porque enquanto o governo emite um balanço favorável sobre isto, o ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón, está lançando com suas declarações “verdadeiros misseis contra este processo, torpedos que avivam a guerra”.

“Acredito que o presidente deve reunir-se com seu gabinete para unificar um critério comum, coerente, e dar uma voz sobre a paz nos momentos que está dialogando por uma saída política do conflito armado. Impõem-se apoiá-la com uma mensagem unânime, esperançosa”, ressaltou

Com a ajuda dos delegados da Europa e América Latina, vários deles com experiência em processos similares em outras zonas do mundo, o encontro, convocado por cerca de 10 organizações civis do país, avança na sua agenda.

Nesta quarta-feira (5), acontece o “Painel de analise e apostas as unidade na perspectiva de construção da paz e a solução política do conflito social e armado”, que inclui assuntos como alcance e limitações do processo atual de paz, perspectivas estratégicas e agenda comum para a solução política.

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Fonte: Prensa Latina