Atividades lembram o 101º aniversário de Carlos Marighella
Na semana em que o guerrilheiro baiano Carlos Marighella completaria 101 anos (1911-1969), diversas atividades estão sendo realizadas para lembrar a data, entre lançamento de livro, exibição de filme, lançamento de música e visita ao túmulo. Marighella era filiado ao Partido Comunista e morreu pela luta contra a Ditadura Militar, instaurada no país entre 1964 e 1985.
Publicado 05/12/2012 20:15 | Editado 04/03/2020 16:17
Nesta quarta-feira (5/12), dia exato do aniversário, o Sindae (Sindicato dos Trabalhadores de Água, Esgoto, Meio Ambiente da Bahia) promove a exibição gratuita do documentário “Carlos Marighella – quem samba fica, quem não samba vai embora”, de Carlos Prozanto, a partir das 18h30, na sede da entidade, nos Barris.
Na terça (4), o jornalista carioca Mário Magalhães esteve em Salvador para lançamento do livro “Marighella – o guerrilheiro que incendiou o mundo”, que aconteceu primeiro na Faculdade de Comunicação da UFBA e, depois, na Livraria Cultura do Salvador Shopping. Além disso, o autor ainda promoveu uma cerimônia de entrega de todo o material coletado durante a pesquisa à família do comunista.
Também na véspera do aniversário, na terça, chegaram às lojas o disco “Abraçaço”, de Caetano Veloso, que contém uma faixa em homenagem a Marighella, batizada de “Um Comunista”, e o DVD do filme “Marighella”, da cineasta Isa Ferraz.
Na próxima segunda-feira (10/12), data que marca a chegada dos restos mortais de Marighella a Salvador, familiares e admiradores fazem uma visita ao seu túmulo, no cemitério Quinta dos Lázaros. A lápide do guerrilheiro foi desenhada pelo arquiteto Oscar Niemeyer.
“É muito gratificante e importante, sobretudo para a família, ter essas iniciativas, porque elas desmentem todas as mentiras sobre Marighella. Graças a elas, os brasileiros, sobretudo os mais jovens, podem vê-lo como ele era, um verdadeiro heroi desse país”, disse o filho do comunista, Carlos Augusto Marighella, que organiza a visita ao túmulo.
Marighella, o filho, explica que durante muito tempo tentou-se moldar uma falsa imagem do pai e que a própria História Oficial deixou-o de lado. As ações de resgate da sua memória, para ele, não só são justas, como necessárias, pelo “exemplo de valores essenciais para a sociedade, como a honestidade, que ele foi. A trajetória dele precisa ser conhecida pelas novas gerações, para que a juventude se espelhe em sua vida e conduta”.
De Salvador,
Erikson Walla