Protógenes apoia reivindicações dos policiais federais
Os dirigentes das entidades representativas da Polícia Federal estiveram em audiência pública, nesta quinta-feira (22), quando discutiram com os deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara a reestruturação salarial da categoria, a definição das atribuições das carreiras da Polícia Federal e a não convocação dos excedentes aprovados no último concurso para o cargo de Agente da Polícia Federal.
Publicado 23/11/2012 12:08
O Deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), que solicitou a realização da audiência, fez críticas à organização da Polícia Federal. “Fomos tomados de roldão pelos corruptos e corruptores que se apropriaram e instrumentalizaram a nossa polícia. Então, é nosso dever libertar o Departamento de Polícia Federal dessa estrutura”, afirmou, defendendo as propostas da categoria.
O parlamentar sugeriu, mais uma vez, a realização da CPI da Polícia Federal. Segundo ele, uma proposta de fiscalização e controle de sua autoria já está em andamento para investigar um setor da PF.
O presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Marcos Wink, afirmou que a Polícia Federal vive uma crise nunca vista antes, em razão da omissão da direção da instituição na solução dos problemas do órgão."A Polícia Federal (PF) tem, constitucionalmente, a função de reprimir e prevenir o crime, no entanto, a PF tem deixado de lado a polícia preventiva e cuida apenas da polícia judiciária". Ele citou as fronteiras como exemplo de áreas relegadas a segundo plano e que são essenciais na prevenção de crimes.
Wink também disse que agentes, escrivães e papiloscopistas lutam pela reestruturação da carreira. "Nós vivemos há anos sem atribuições definidas, e a direção se omite. Ela engavetou projeto que resolveria a questão e nos empurrou para a greve", reclamou. A paralisação durou 69 dias e foi encerrada há pouco mais de um mês.
Os candidatos aprovados no último concurso da Polícia Federal (PF), em maio, e não foram chamados para assumir os cargos ocuparam o plenário da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O representante dos concursados, Renato Salgado, disse que o grupo já fez todos as provas e testes e que aguarda que o governo chame os novos agentes federais.
“Estamos aqui para discutir a carreira, o salário e a reestruturação da Polícia Federal. Em um País onde a droga, inclusive o crack, chegou a todos os municípios; onde se vê o crescimento do crime organizado; onde a corrupção está espraiada na administração pública e na iniciativa privada e dá enorme prejuízo ao Pais, a Polícia Federal, sem dúvida nenhuma, presta um serviço relevante e necessário, portanto, o governo tem que motivar a categoria”, sugeriu o presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, deputado Francisco Praciano (PT-AM).
Também participaram da audiência, reforçando as reivindicações da categoria, o presidente do Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo, Alexandre Santana Sally; o representante do Ministério da Justiça na audiência, Gabriel Sampaio; o presidente da Associação Nacional dos Peritos Federais, Hélio Lima e o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, Jones Leal, entre outros.
Da Redação em Brasília
Com agências