Londres retirará apoio a Israel se houver invasão por terra
O ministro britânico do Exterior, William Hague, advertiu sobre uma possível retirada do apoio internacional a Israel, caso o país coloque em prática os planos de invadir a Faixa de Gaza por terra. As declarações foram dadas em meio a onda de apoio que se forma entre os ingleses de apoio e solidariedade aos palestinos.
Publicado 19/11/2012 10:03
Ainda que tenha expressado anteriormente seu respaldo às ações bélicas do governo do premiê israelense, Benhamin Netanyahu, contra a população palestina em Gaza, Hague reconheceu que seria muito difícil manter o "apoio e a solidariedade" extrangeira a tais ataques, depois de uma ação por terra.
O diplomata britânico declarou ao canal de televisão por satélite Sky News- um dos meios de difusão afetados por um bombardeio da aviação sionista a um edifício que abriga a imprensa em Gaza – que a retirada do apoio a Tel Aviv incluiria a inglesa.
As afirmações do titular da Pasta do Exterior coincidem com o incremento das demonstrações de solidariedade com os palestinos, protagonizadas ontem por centenas de pessoas em frente à embaixada de Israel na capital londrina.
Nos protestos, a posição assumida pelo governo do premiê conservador David Cameron de responsabilizar o movimento de resistência islâmica Hamas como sendo o principal responsável pelo atual conflito está sendo bastante criticada.
Cameron viu-se obrigado a solicitar, ao menos, a realização de esforços para pôr fim a disputa, em uma conversa telefônica com Netanyahu, que apesar da rejeição internacional aos bombardeios contra os palestinos, ratificou o acordo com seu exército de atacar Gaza por terra.
As ações bélicas israelenses causaram a morte de ao menos 51 palestinos desde que Tel Aviv iniciou a atual escalada de guerra com o assassinato do militante de Hamas Ahmed Yahad.
O opositor partido Trabalhista solicitou ao secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, viajar para Gaza, nesta semana, depois de o Conselho de Segurança da ONU ter sido incapaz de emitir uma resolução de condenação contra a agressão em andamento.
Fonte: Prensa Latina