Renato Rabelo: retratação do jornal O Estado de S. Paulo é fajuta
“É chegada a hora de pôr fim a esse grupelho que domina os meios de comunicação no Brasil. Isso é uma excrescência, que não pode mais continuar.” Essa foi a resposta de Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil, ao falar sobre os ataques do jornal O Estado de S. Paulo ao Partido, em mais uma edição do programa “Palavra do Presidente”.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
Publicado 14/11/2012 17:57 | Editado 13/12/2019 03:30
Mesmo com a publicação, nesta segunda-feira (12), de nota pública do PCdoB refutando a matéria, o referido jornal publicou nova matéria, nesta terça (13) e quarta (14), em que reafirma as acusações. E como forma de “retratação”, dedica ao PCdoB uma correção “3×4”, um espaço reduzido na página A8, do caderno Nacional.
“A mídia é dona da notícia. Isso é uma excrescência”, diz PCdoB
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Renato classifica que essa postura deixa claro qual é o papel da chamada grande mídia no Brasil. “Esse jornal ao publicar essas matérias realiza um ataque vil e sem qualquer veracidade. E reafirmamos aqui para a nossa militância e para os nossos internautas do Portal Vermelho: não há e nunca houve ONG ligada ao nosso Partido. O que esse jornal propagou nada mais é do que uma calúnia.”
O dirigente informou que nesta quarta-feira (14), o PCdoB encaminhou à direção de O Estado de S. Paulo um telegrama exigindo direito de resposta em igual dimensão ao ataque desferido contra o Partido. “Exigimos primeira página do jornal, com direito a destaque na publicação”, externou Renato.
O presidente reafirmou que “ao relacionar movimentações financeiras de entidades desconhecidas ao Partido, sem provas e evidências, o jornal pratica mentira, infâmia”. E completa: “Para fazer a denúncia, O Estado de S. Paulo utiliza, levianamente, uma manchete de primeira página, mas na hora de ouvir o outro lado nos dá um espaço mínimo no final de página. Que jornalismo é esse? Chamamos isso de retratação fajuta, marota”.
Renato reafirma que o PCdoB luta por sua honra, pois é um Partido de 90 anos, que possui mártires, heróis. “Somos um Partido que luta por ideias, que tem causa, que tem programa. E é por ter essa história que lutaremos até o fim para ter a retratação justa desse jornal. Não vamos admitir que o nosso Partido seja achincalhado pela direita”.
“Fatos como esse só demonstram a ânsia insolente de atacar o PCdoB, de atacar a esquerda no Brasil. E aviso: não ficaremos calados, enfrentaremos mais essa batalha. E caso não seja disponibilizado o espaço para a efetiva retratação, acionaremos os meios legais para garantir nosso direito, que é constitucional”, pontuou Renato.
Mídia golpista
Durante o programa, Renato Rabelo reforçou o coro sobre a luta pela democratização da mídia. “Todos esses fatos relatados e desmentidos por nós só reforçam a legitimidade de nossa luta pela democratização da mídia no Brasil. Porque a mídia, a chamada grande mídia no Brasil, é um monopólio comandado por algumas famílias e em função disso a notícia é homogênea e serve a um segmento da sociedade.”
Segundo ele, “o que se observa no Brasil hoje não é uma mídia democrática, mas sim uma mídia antidemocrática e não podemos mais admitir isso em nosso país. Democratizar a mídia é uma luta fundamental, e está entre as tarefas mais importantes na agenda do PCdoB. É preciso garantir o direito de voz a toda a sociedade. É chegada a hora de pôr fim a esse grupelho que domina os meios de comunicação no Brasil. Isso é uma excrescência, que não pode mais continuar”, finalizou o presidente do PCdoB.
Ouça a íntegra da entrevista: