Denúncias sobre ingerência da CIA são verdadeiras, diz Correa
O presidente equatoriano, Rafael Correa, qualificou de verdadeiras as denúncias sobre a ingerência da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos para desestabilizar o governo e tentar impedir sua reeleição.
Publicado 08/11/2012 17:24
Durante entrevista para o jornalista Jorge Gestoso , Correa referiu-se as denúncias formuladas pelo embaixador do Reino Unidos no Uzbequistão, Craig Murray e do jornalista chileno Patricio Mery Bell , nas quais, afirmou, são verdadeiras, porque existem antecedentes.
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O mandatário referiu-se a denúncia de Patricio sobre aparentes operações da CIA e do DEA para introduzir 300 quilos de droga por mês no Chile e com os excedentes financiar a desestabilização do governo equatoriano. Também citou o caso do Irã onde desviaram recursos da venda ilegal de armas para financiar os contrarrevolucionários na Nicarágua, para evitar o controle do Congresso estadunidense.
Correa considerou factível que a CIA seja uma superestrutura que atua independentemente de seus governo e do controle público e comentou que existem antecedentes sobre operações da agência sem o conhecimento do governo norte-americano.
Também destacou que de forma permanente, não necessariamente da CIA, fundações de extrema direita estadunidenses financiam organizações da sociedade civil para desestabilizar o governo nacional baseada em criticas e citou como exemplo a Fundamedios.
Ao ser consultado se teme ser assassinado, Correa sinalizou que “é uma possibilidade que não se pode excluir” e lembrou dos atos ocorridos em 30 de setembro de 2010 com a tentativa de golpe.
“Embora a imprensa queira negar o inegável, ai estão as fotos dos seis no capô do carro presidencial onde pensavam que eu estava. As ordens eram matem o presidente”, lembrou após destacar “essa gente é capaz de qualquer coisa para defender seus privilégios”.
Com Prensa Latina