CTB-RS integrou comissão sobre dívida do RS que esteve no Senado

Assinado por todas as entidades da Campanha, o texto revela que o valor contratado há 14 anos foi de R$ 10 bilhões e os pagamentos realizados até junho de 2012 somaram R$ 15 bilhões. Mesmo assim, o saldo devedor atual é de R$ 40 bilhões, como resultado dos encargos. A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) participou do encontro. Também estiveram presentes os integrantes da CTB-RS que estiveram em Brasília para solicitar aos deputados federais gaúchos que votem pelo fim do Fator Previdenciário.

O presidente Sarney informou que naquele dia já havia se reunido com diversos governadores para debater a renegociação das dívidas de seus estados. “Essa é uma questão que não diz respeito só ao Rio Grande do Sul, mas ao conjunto da Federação, pois a grande maioria está sufocada pelo grande grau de comprometimento de seus orçamentos para o pagamento da dívida pública com a União”, disse José Sarney.

Na avaliação do presidente da CTB-RS, a reunião foi extremamente positiva. “O presidente Sarney demonstrou grande preocupação com as dívidas dos estados, tanto que já contratou assessoria especial a fim de apresentar o projeto de novo pacto federativo. Ali constarão três questões que nós levantamos. Primeiro: discutir o montante dessa dívida, que foi constituída através de juros escorchantes. Segundo: rediscutir os percentuais do reajuste dessa dívida, que atualmente tem índices abusivos. Terceiro: discutir o percentual do orçamento do Estado que pode ser utilizado para o pagamento dessa dívida, que hoje sufoca o Rio Grande do Sul, mas também ocorre nos outros estados da União”, analisou Guiomar Vidor.

“Precisamos definir o percentual de investimentos que deveriam estar sendo destinados aos setores prioritários como educação, saúde, infraestrutura e segurança. Hoje não existe um valor mais substancial para que o Estado possa ser indutor do processo de desenvolvimento econômico e atender as demandas sociais. Nós precisamos rediscutir essa questão em nível nacional porque não há uma saída isolada para o Rio Grande do Sul. É preciso que seja discutida pelo Congresso Nacional. Por isso, ter o apoio do presidente José Sarney é fundamental nesse momento”, concluiu o presidente da CTB-RS.

Emanuel Mattos – Jornalista CTB RS