Exército da China reafirma postura defensiva do país
Aos olhos dos observadores militares, a última década foi marcada pelas guerras antiterroristas. Apesar de muitas regiões no mundo terem sofrido com a escalada de conflitos, a população chinesa desfrutou de um ambiente pacífico para o desenvolvimento.
Publicado 06/11/2012 16:34
Qi Jianguo, o novo subchefe do Estado-maior do Exército de Libertação do Povo Chinês, ressaltou nesta segunda-feira (5) em Pequim que o país vai persistir numa política defensiva de defesa nacional.
Suas palavras, proferidas nas vésperas do 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China, são interpretadas como uma continuação do país do conceito de segurança aplicado até agora, marcado pela confiança mútua, benefícios recíprocos, igualdade e colaborações.
"Na nossa era, qualquer país que deseje o desenvolvimento deve permitir a outros países se desenvolverem também. Quem quiser segurança deve garantir a segurança a outros. Qualquer país que queira viver bem deve permitir a outros países viverem bem também. Somente as cooperações trazem benefícios recíprocos e a paz ao nosso lar."
Em 2002, o Partido Comunista da China definiu, durante o 16º Congresso Nacional, a meta de modernização do exército. Para a professora da Universidade de Defesa Nacional, Li Li, também especialista militar, o nível de informatização dos equipamentos militares foi elevado de forma visível nos últimos dez anos.
"O exército chinês obteve um grande progresso na elevação informática na última década. Para atingir a meta, o país fez muito para promover a inovação da indústria defensiva, além de realizar transformações nos seus tanques, artilharia, navios e aviões."
No dia 25 de setembro deste ano, a marinha chinesa recebeu seu primeiro porta-aviões, o que ajudou de forma significativa o processo de modernização dos equipamentos militares chineses. Com isso, no entanto, a teoria da "ameaça chinesa" voltou a ser amplamente discutida.
Desde 2002, a China divulgou já cinco livros brancos sobre a defesa nacional, com a finalidade de tornar o exército chinês transparente ao mundo. O Ministério da Defesa Nacional começou também a realizar coletivas de rotina para responder a questões sensíveis.
Soldados militares chineses estão presentes no cenário militar mundial com maior frequência. O país estabeleceu relações militares com mais de 150 nações, além de ter firmado o mecanismo de diálogo com departamentos de defesa nacional de 22 países.
Nos últimos dez anos realizou, junto com mais de 30 países, 50 manobras militares. Enviou cerca de 20 mil militares para 23 missões de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). O major-general Qian Lihua, diretor do Departamento de Assuntos Externos do Ministério da Defesa Nacional, falou da meta do exército chinês no futuro.
"O país vai continuar enfrentando um ambiente externo complicado e severo no futuro. Pretendemos aprofundar a nossa relação com forças militares de outros países, ampliar as cooperações, além de promover reformas em setores chave".
Fonte: Rádio Internacional da China