Manoel Aleixo, herói brasileiro, vítima da ditadura
O lider camponês e dirigente do Pasrtico Comunista Revolucionário (PCR) Manoel Aleixo da Silva foi assassinado sob tortura em 1973. Este texto é uma homenagem à sua memória
Edival Nunes Cajá (*)
Publicado 04/11/2012 13:52
Pois na canção dos audazes e fortes
de espírito, serás sempre um exemplo vivo,
um chamamento orgulhoso à liberdade, à luz
(Máximo Gorki).
Há cinco séculos, um punhado de aristocráticos aventureiros, capitaneados pelo ambicioso escravocrata Duarte Coelho, ostensivamente armado, invadiu as melhores terras de Pernambuco e obrigou todos os seus habitantes a trabalharem para eles, à força. Achando pouco, seqüestraram ao longo deste tempo, milhões de africanos livres, trazidos para cá como escravos acorrentados, com a mesma finalidade: produzir e acumular capital, riqueza e ostentação para as suas poucas famílias.Com a orientação do governo de Portugal e o apoio da igreja, eles formaram uma vasta organização criminosa internacional especializada em seqüestros, torturas, assassinatos, saques, ocultação de cadáveres aos milhares, praticaram um verdadeiro genocídio, com os negros e a população nativa, por eles batizada de índios.
Os usineiros e senhores de engenhos não conhecem limites para suas insaciáveis ganâncias na busca dos lucros. Para isto, recorrem, como na época do escravagismo, a toda sorte de guerra e violência para submeter e expropriar as imensas massas de trabalhadores. Enfim, por trás daquele suntuoso sindicato do açúcar existe a mais longa história do crime organizado pelo seguimento patronal mais reacionária da burguesia em Pernambuco.
Entretanto, apesar das condições de inferioridade do armamento bélico, verdadeiros guerreiros, heróicos estrategistas, desde as guerras dos escravos, se formaram e se elevaram à estatura de grandes líderes de massas e de estadista do porte de Zumbi.
Este gigantesco caldeirão efervescente da luta de classes da zona canavieira de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, produziu muitos heróis como Amaro Luís de Carvalho, (A Verdade nº 09), Gregório Bezerra (A Verdade nº 4), Zumbi dos Palmares (A Verdade nº 01), o Espártaco do Novo Mundo e Manoel Aleixo da Silva, o Ventania, cuja heróica trajetória se confunde com a própria saga da sua classe e dos negros rebelados, que agora passamos a relatar.
Manoel Aleixo teria feito 74 anos de vida no dia 4 de junho deste ano, caso não houvesse sido assassinado há 39 anos. Nascido no dia 4 de junho de 1931, no engenho Cova Onça, em São Lourenço da Mata (PE), cidade cercada por canaviais e grandes usinas, como São José e Tiúma (desativada). Seus pais, João Aleixo da Silva e Maria Sabino da Silva eram negros e foram alcançados pela escravidão enquanto meninos.
Nosso herói, ainda criança, foi também levado ao duro trabalho de tirar contas no eito, de sol a sol, e de domingo a domingo, nos períodos da moagem, para ter direito a comida e ao tosco vestuário em tudo semelhante aos dos escravos da senzala. Ele não teve tempo e nem o direito de freqüentar a escola, que nos anos 30, era privilégio de poucos. Mas cresceu ouvindo atentamente as histórias dos homens valentes desta terra que muito lhe emocionavam, principalmente a história do Quilombo dos Palmares, que ergueu uma república de homens livres com território determinado, por quase um século.
Em 1955, já com 24 anos, acompanhou com interesse o ressurgimento das Ligas Camponesas no Engenho Galileia, no vizinho município de Vitória de Santo Antão, sob a liderança de Zezé da Galileia. Manoel Aleixo entusiasmou-se com aquela enorme passeata de camponeses pobres e assalariados agrícolas, que teve a participação de Julião e Clodomir Morais, da Assembléia Legislativa ao Palácio do Governo, em Recife, na qual arrancaram o decreto de desapropriação do Engenho Galileia. Daí em diante, passou a lutar pela organização de novas Ligas em outros municípios, até ver explodirem Ligas Camponesas por todo o Nordeste, Centro e Sul do país. Conheceu praticamente todos os engenhos de Pernambuco e Alagoas.
A reforma agrária na lei ou na marra e terra para quem nela trabalha eram as palavras de ordem que lhe causavam maior emoção.
Do outro lado, recrudesciam a repressão, as milícias privadas e o uso da polícia militar pelos senhores de engenho e usineiros para fazer despejo, sacrificar animais domésticos, arrancar a lavouras de subsistência e assassinar líderes camponeses. Latifundiários e usineiros como Agnaldo Veloso Borges (Itambé), Júlio Maranhão (Usina Caxangá) e José Lopes de Siqueira (Usina Estreliana) tinham prazer em amarrar trabalhadores rebelados no tronco e lambuzá-los de mel e sal para serem lambidos por seus bois mansos da usina até ficarem em carne viva.
Foi a partir daí que Manoel descobriu que somente pertencer às Ligas e politizar o Coco-de-Roda e suas emboladas de denúncias e esperança, não eram suficientes.
No final de agosto de 1963, os sindicatos e as Ligas de São Lourenço, Moreno e Jaboatão sob a sua influencia a de Amaro Luis de Carvalho (Palmeira, Capivara), sentindo que a confrontação se aproximava, convocaram deforma unitária grandes assembléias para responder à onda de assassinatos como os de João Pedro Teixeira (Ligas da PB) e Gerimias ativista comunista (Itambé-PE) e prisões como a de Júlio Santana, presidente do sindicato de Rio Formoso (PE). As assembléias aprovaram por unanimidade as seguintes deliberações: “A cada militante morto, um ajuste de contas com o assassino ou seus mandantes,” e mais: “Agora será, olho por olho, dente por dente!”. Vibrante agitação tomou de conta daquela massa que “parecia uma densa floresta humana”. Nos respectivos municípios, compareceram também uma grande quantidade de ferroviários e dos representantes das entidades dos estudantes.
Golpe, repressão e luta clandestina
Em 1º de abril de 1964, os usineiros, latifundiários, a alta burguesia e seus mandos militares fascistas se consorciaram com os monopólios imperialistas dos Estados Unidos para acabar com aqueles que ameaçavam seus imensos lucros, eliminar as lideranças revolucionárias e a organização crescente dos operários e especialmente dos 400 mil assalariados agrícolas da zona canavieira de Pernambuco. E para concretizar todo este crime, foi preciso derrubar o governo de João Goulart, Arraes, em Pernambuco, e Brizola, no Rio Grande do Sul.
Como num pesadelo, milhares de operários das usinas e camponeses pobres dos engenhos de Pernambuco amanheceram nas delegacias e quartéis transformados em presídios.
Para não ser capturado e morto, Manoel Aleixo, ligeiro, como um vento forte, já com 34 anos, separa-se da família, dos amigos, de tudo, e passa a viver nos mais distantes engenhos. Aos poucos, vai recomeçar tudo de novo, com 10, 20 trabalhadores politizando o conteúdo das letras do coco-de-roda, de emboladas nos terreiros e alpendres das casas mais afastadas das usinas, sempre nos domingos, feriados e noites de lua.
Apesar da resistência clandestina da Comissão Política das Ligas, os assassinatos, as prisões das lideranças e o exílio de Francisco Julião, Clodomir Moraes e Djací Magalhães levaram o movimento a mergulhar no mais completo descenso.
O Encontro com o PCR
Logo no inicio de 1967, um ano após a fundação do Partido Comunista Revolucionário (PCR), Manoel Aleixo reencontra, ocasionalmente, na cidade de Barreiros (PE) o mais procurado e mais experiente agitador e organizador comunista de toda a zona canavieira – Amaro Luís de Carvalho, que já havia integrado a Comissão do Trabalho Militar das Ligas Camponesas, feito cursos de formação política e militar em Cuba e na China. Amaro, tomado de incontida alegria, retoma a conversação com Aleixo, interrompida pelo golpe militar de 1964. Passam em revista os nomes dos companheiros desaparecidos, assassinados, presos, a desmobilização e dispersão das massas. Amaro, apoiado nos seus estudos e nos documentos do Partido, argumentou que as Ligas Camponesas e os Quilombos foram tão importantes que só têm paralelo na história com os Quilombos do Haiti e as Ligas Camponesas da Alemanha, que sustentaram uma longa guerra contra o pagamento do foro da terra e do dízimo aos senhores feudais e à igreja. Porém são incapazes de impedir o golpe contra-revolucionário das classes dominantes. Para vencer os golpistas, faltou-nos um partido comunista revolucionário, reconhecido pelas massas, com capacidade de direção política para conduzi-las tanto na ofensiva armada para tomar o poder de estado dos inimigos de classe, quanto no recuo organizado, quando necessário. Este partido terá de funcionar com a disciplina de um estado-maior da nossa classe, um partido guiado pelas idéias e experiências revolucionárias de Marx, Engels, Lênin e Stálin; este partido agora já existe, acabamos de fundar o Partido Comunista Revolucionário (PCR), do qual sou um dos dirigentes, e te convido a militar nele a partir de hoje, conclamou Palmeira. Com brilho nos olhos, Manoel Aleixo, emocionado, respondeu: “quero ser militante do PCR até a vitória ou morte”.
E para consolidar o recrutamento, Amaro naturalmente lhe apresentou a Linha Política e as Normas de Seguranças do partido sob as quais todos terão de militar. Ao que Aleixo replicou: já tenho uma lista para serem recrutado para o Partido”.
Preparando militantes de têmpera comunista e revolucionária
Nesse ínterim, Manoel já tinha se transformado numa respeitável liderança no poderoso sindicato de Barreiros e tem influência em Água Preta e Joaquim Nabuco. Aí começa o seu primeiro Batismo de Fogo.Com o nome de guerra Ventania, Amaro quis expressar a força de vontade e a rapidez com que Manoel se dedicará ao trabalho profissional de construção do partido, retirando-se, aos poucos, do papel de líder de massa para atuar mais no aparelho clandestino do Partido no campo. Este aparelho se localizava no Sítio Borboleta, do engenho Constituinte, zona rural de Água Preta (PE).
Para lá, iam somente aqueles que mais se destacavam na luta, revelavam características de futuro militante para receber cursos de formação política e ingressar no PCR. Passou a trabalhar em estreito contato com Amaro e Manoel Lisboa, constituindo-se assim, em pouco tempo, um coletivo dirigente desta frente, onde teve destacado papel de direção juntamente com o companheiro Amaro Félix Pereira (Procópio), ex-líder sindical de Barreiros que comprovou também a sua extrema dedicação e fidelidade ao Partido com um ano de prisão na Casa de Detenção do Recife (1971), para depois de conseguir a sua liberdade ser seqüestrado e, como nada revelou sobre o Partido, o torturaram até a morte e o enterraram clandestinamente, seu nome sequer contava na lista oficial dos desaparecidos. Só recentemente conseguimos com, o esforço dos seus filhos, obter o devido reconhecimento da Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos do Ministério da Justiça.
Manoel é preso e, por nada informar, é torturado e recolhido durante todo o ano de 1970 na Casa de Detenção do Recife; quando conquistou a liberdade, poucos a pouco, com muito cuidado, retomou suas atividades revolucionárias, clandestinamente, mas com muito mais disposição do que antes, pois sabia que teria de enfrentar grandes dificuldades com a repressão e especialmente com o desenvolvimento do seu trabalho, agora, sem o Sítio Borboleta e sem a sábia companhia de Palmeira que continua preso e torturado ora em Recife, ora no DOPS-SP, desde dezembro de 1969, quando foi detido em Palmares.
O frio e covarde assassinato do camarada Amaro Luiz de Carvalho na própria Casa de Detenção do Recife no dia 22 de agosto de 1971, não o apavorou; ao contrário, aumentou a sua fé no Parido e nas massas e sempre recordava uma velha lição de Palmeira “a vitória do partido e das massas será difícil, mas é inevitável”. Assim se dera o seu segundo Batismo de Fogo, enfrentando o inimigo de classe no cárcere e as torturas com firmeza.
Ventania rapidamente procura recompor o trabalho e também a sua vida pessoal, casando-se com a companheira Izabel na cidade de Joaquim Nabuco (PE) e para que todo o seu tempo fosse dedicado ao crescimento do Partido, ele procurou convencer a sua esposa de que “ter filhos só depois de haver justiça no campo.” Certa vez no final de uma reunião um camarada perguntou-lhe por que tanta pressa em tudo que fazia? Em cima da bucha, ele respondeu: “agora eu tenho de recrutar por dois, por mim e pelo companheiro Capivara que continua preso”.
Paixão e morte!
O ano de 1973 foi de cerco aos comunistas revolucionários. Seqüestraram Manoel Aleixo e o assassinaram sob as mais selvagens torturas, a lancinante dor foi dilacerando seu corpo e sua alma até morrer, sem que uma só informação fosse dada a seus torturadores. Como provamos esta fé suprema no Partido? Havia um ponto marcado com o companheiro Valmir da direção do Partido no interior da igreja da cidade de Ribeirão (PE) no dia 6 de setembro, às 10hs; a direção do Partido decidiu que a cobertura do ponto fosse feita por mim, e, na hora exata, lá compareci e ele não estava, nem tão pouco a polícia, a repressão não conseguiu por as suas mãos sujas no Partido por seu intermédio.
O DOI-Codi do então IV Exército, o torturador Sérgio Paranhos Fleury, diretor do DOPS-SP, o torturador Moacir Sales de Araújo diretor do DOPS-PE, o delegado, José Oliveira Silvestre e o torturador Luís Miranda, agente da Polícia Civil foram os responsáveis diretos por todas as sevícias, assassinato e pela desavergonhada mentira veiculada nos grandes jornais da burguesia no dia 8 de setembro, de que Ventania teria morrido no dia 29 de agosto ao resistir a voz de prisão e travar um tiroteio com agentes da segurança na cidade de Ribeirão.
Desavergonhada mentira porque não houve qualquer tiroteio em Ribeirão no dia 29 de agosto, pois não há qualquer registro no livro de ocorrências da única delegacia da cidade. Mais: se a morte aconteceu no dia 29 de agosto porque o Diário de Pernambuco e o Jornal do Comércio divulgaram a notícia só no dia 8 de setembro, 9 dias depois? E porque seu corpo não foi entregue à sua família, a quem de direito cabe realizar o devido sepultamento?
Na verdade Manoel foi seqüestrado da sua própria casa em Joaquim Nabuco, na madrugada do dia 29 de agosto, fato testemunhado por Izabel Simplícia da Conceição, sua companheira e conduzido numa Veraneio de Exército até a sede do comando do IV exército no parque 13 de maio e assassinado provavelmente junto com Manoel Lisboa e Emannuel Bezerra e certamente temendo o impacto da divulgação do assassinato de três grandes revolucionários num só dia, 4 de setembro e também para dificultar o esclarecimento do seu hediondo crime, decidiram por divulgar em dois dias diferentes e locais falsos e circunstâncias totalmente mentirosas, apesar de bem urdidas.
Testemunhos e reconhecimento
Disse Suzana Keniger Lisboa, ao expressar seu parecer como relatora no processo de Manoel Aleixo perante a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça: “Torna-se evidente que Manoel Aleixo da Silva foi preso pelos agentes dos órgãos de repressão política, torturado até a morte em alguma dependência pessoal ou assemelhada e levado para Ribeirão, onde foi montado mais um dos macabros teatrinhos de tiroteio, destinados a esconder os assassinatos sob tortura”.
Izabel Simplício, sua esposa, declarou, ainda, em documento entregue à referida Comissão que “apoiava a luta e que agora espera justiça para que nunca mais aconteça outro final de agosto tão triste como aquele de 1973”.
Finalmente, o Estado reconheceu seu crime praticado contra Manoel Aleixo (Ventania), mas falta reconhecer as circunstâncias, identificar e punir severamente os responsáveis por tão bárbaro crime.
Nos Braços da História
Agora, 34 anos depois, podemos afirmar com Castro Alves: “Quem cai na luta com glória, tomba nos braços da história e no coração do Brasil!”. Foi com base na sua profunda opção pelo PCR, como instrumento da libertação revolucionária dos explorados e oprimidos que Manoel Aleixo construiu a sua inquebrantável coerência.Por isso, ele encontrou força e tranqüilidade suficientes para praticar também no cárcere do inimigo, com estoicismo, a sua orientação: Não dar nenhuma informação sobre o Partido ao inimigo de classe e, de fato, para um revolucionário, a traição é pior do que a morte. Assim, antes de cerrar os seus olhos pela última vez, já nos seus últimos instantes, decidiu ele, de novo optar pela dignidade, pelo justo, por resguardar a vida do seu Partido e então, com profundo desprezo pelos verdugos, fechou os olhos para descansar coerentemente ao lado de Amaro, Manoel Lisboa, Emannuel Bezerra e Zumbi dos Palmares.
Coube ao Partido, depois de um rigoroso levantamento (cerca de um ano e três meses) de todas as informações, entre 40 companheiros nossos detidos naquelas dependência do exército) para oficialmente poder informar toda a verdade sobre o comportamento de cada companheiro.Sobre Ventania, assim se expressou a direção do PCR:
“Na sala de torturas, comportou-se como um autêntico herói nascido do povo; diante das torturas mais atrozes, cerrou os dentes, nada falou aos sádicos policiais. Morreu como herói do povo, um combatente do Partido, digno e firme como uma rocha”. (Editorial do Jornal A Luta, nº 18, dezembro de 1974).
Camarada Manoel Aleixo, você conquistou, com a sua elevada coerência e honra comunista, um justo lugar no Panteon dos heróis da história e da dignidade humana.
Nesta homenagem, os trabalhadores conscientes vimos reafirmar que a sua bandeira de luta pela reforma agrária e pela sociedade socialista seguirá até a vitória e que seus algozes não ficarão impunes jamais. É uma questão de tempo e os ventos da história sopram a nosso favor.
Centro Cultural Manoel Lisboa
Joaquim Nabuco (PE), 4 de novembro de 2012
Bibliografia
1- O Movimento Camponês na Zona Canavieira de Pernambuco – Amaro Luis de Carvalho, Editorial a Luta nº 01, 1966
2 – As Guerras Camponesas na Alemanha – F. Engels – Editorial Presença, 1975
3 – Jornal A LUTA, – Órgão Central do PCR nº 18, dezembro de 1974
4 – Dos Filhos Deste Solo – Nilmario Miranda /Carlos Tiburcio – Ed. Boitempo, 1999
5 – Castro Alves – Obra Completa, Ed. Nova Aguilar, 1986
6 – A Vida e A Luta do Comunista Manoel Lisboa,Ed.Centro Cultural Manoel Lisboa, 2000
7 – Jornal A Verdade – Nº 1, 9, 55
* Este artigo foi escrito por Cajá e publicado, na sua essência, pelo jornal A Verdade na página dos heróis brasileiros, no número 87. Edival Nunes Cajá, foi preso político, é sociólogo, presidente do Centro Cultural Manoel Lisboa, é membro do Comitê Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco, é integrante do Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário (PCR).