Vídeo comprova crime de guerra cometido por milicianos na Síria
Um vídeo divulgado na internet com imagens de rebeldes sírios executando soldados do governo será analisado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para verificação da autenticidade. A Anistia Internacional condenou os atos e alertou para a existência de crime de guerra. A estimativa é que pelo menos 28 militares foram executados.
Publicado 03/11/2012 14:29
Um vídeo divulgado na internet com imagens de rebeldes sírios executando soldados do governo será analisado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para verificação da autenticidade. A Anistia Internacional condenou os atos e alertou para a existência de crime de guerra. A estimativa é que pelo menos 28 militares foram executados.
As imagens mostram um grupo de atiradores cantando e agredindo com chutes os prisioneiros, que aparecem jogados no chão. Pouco depois, o som de uma metralhadora é ouvido e em seguida cadáveres são revelados pela câmera. Os soldados de Bashar Al Assad teriam sido capturados no Norte da Síria, perto de Alepo, a segunda maior cidade do país.
Na ONU, o vídeo será analisado para se conferir sua veracidade. "Como outros vídeos, é difícil de verificar imediatamente, em termos de localização e das pessoas envolvidas. É necessário fazer uma análise com cuidado. Mas parece que as vítimas eram soldados", disse o porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Rupert Colville.
A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional criticou a execução dos prisioneiros exibida no vídeo. Segundo a ONG, as imagens foram feitas na região de Idlib, no Norte da Síria, próxima a Alepo. A vice-diretora da organização para o Oriente Médio e África, Ann Harrison, classificou as imagens de terríveis.
Segundo Ann, as imagens “demonstram desprezo pelo direito internacional humanitário" e confirmam a existência de crimes de guerra. O conflito na Síria completa 20 meses, registrando mais de 33 mil mortos e 2,5 milhões de pessoas que necessitam de ajuda humanitária. Mais de 250 mil sírios deixaram o país em busca de refúgio nos países vizinhos.
Fonte: Agência Brasil