China: Reforma traz benefício ao país e ao mundo
"Desde o início da aplicação da política de Abertura e Reforma na China, em 1978, o desenvolvimento deste país nas últimas décadas está intimamente ligado com a palavra 'reforma'," Artigo da Rádio Internacional da China.
Publicado 01/11/2012 16:51
Desde os primeiros ajustes no sistema econômico, na economia das zonas rurais e construção urbana, até as mudanças nas empresas estatais, sistema médico, educacional e financeiro, a China sofreu grandes transformações socioeconômicas. Como disse o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, "a reforma é a força motriz do desenvolvimento econômico e progresso social da China". O rápido crescimento econômico registrado pelo país nos últimos vinte anos é visto como um milagre da economia mundial contemporânea.
No entanto, Li Yining, famoso economista chinês de 82 anos, indicou recentemente num fórum realizado em Londres, que os progressos registrados pela China no setor econômico são somente "resultados do estágio", que poderão ser insignificantes se não houver reformas profundas.
Em entrevista exclusiva à Rádio Internacional da China, o diretor da divisão chinesa da BBC, Li Wen, disse o seguinte:
"As reformas que a China precisa promover já não são apenas assuntos próprios, mas sim do todo o mundo, pois causarão grandes influências à economia global."
Em 2010, a China se tornou a segunda maior economia no mundo, ultrapassando o Japão. Segundo previsão do Fundo Monetário Internacional, em termos de capacidade de compra, a economia chinesa pode superar a dos EUA em 2016, ocupando o primeiro lugar do mundo. Atualmente, muitos países ocidentais que sofrem com a crise financeira tratam a economia chinesa como "locomotiva". Por esta razão, a desaceleração no desenvolvimento econômico da China no início deste ano intensificou a insegurança dos países ocidentais.
A China já é o maior país exportador e segundo maior país importador do mundo. A participação comercial chinesa no total mundial passou de menos de 1% trinta anos atrás, para mais de 10% hoje.
Nos últimos anos mais e mais empresas e investidores chineses viajam ao exterior, e fazem negócios em diversos lugares do mundo. A presença chinesa se tornou assim, a maior fonte de investimento exterior de muitos países.
Por estas razões, a reforma da China no futuro atrai muita atenção do mundo. Li Wen analisa que um dos problemas mais discutidos hoje são as reformas chinesas relacionadas ao seu comércio internacional.
"Os países acompanham com muita atenção como a China vai concluir, o mais cedo possível, o reajuste de sua estrutura econômica, para que o crescimento do país não dependa excessivamente da exportação."
Com a ampliação da demanda interna, mais produtos de outros países podem entrar no mercado chinês. Assim, o déficit comercial com o país asiático poderá ser reduzido.
Ao mesmo tempo, a maneira como a China aperfeiçoa seu sistema jurídico e sistema de administração política, elevando a transparência das políticas e a proteção à propriedade intelectual, também é uma questão importante para os investidores estrangeiros.
No entanto, para a comunidade internacional, o mais importante será a estabilidade política e social do gigante asiático. Com o desenvolvimento da China, a reforma do país no futuro tem um significado global ainda mais profundo. A China e o mundo precisam alcançar uma reciprocidade no processo chinês de reforma.