"Nossa vitória reforça a luta por mudanças estruturais no país"
"O resultado destas eleições apresenta uma vitória dos partidos de centro-esquerda e esquerda e, de uma maneira mais ampla, dos que constituem a variada coalizão de forças da base de sustentação do governo da presidenta Dilma Rousseff". Esta foi umas das questões colocadas por José Reinaldo Carvalho, secretário nacional de Comunicação do PCdoB, em mais uma edição do programa “Ponto de Vista”.
Publicado 29/10/2012 10:05
Durante sua reflexão, Carvalho, que também é editor do Vermelho, destacou que "entre outros indicadores, o mapa eleitoral das capitais é revelador. Das 26 capitais dos estados, o PSB governará cinco, o PT quatro, o PDT três, o PMDB dois, o PP dois e o PTC um, totalizando 17 prefeituras".
Ele aponta que, após os resultados gerais, "o PSD do prefeito Gilberto Kassab, em fim de mandato, dá sinais de que está arrumando a bagagem para também desembarcar no grande porto do governo federal, a presidenta contará com 18 prefeitos de capitais em sua base de sustentação".
Para o dirigente, com este cenário, "o núcleo duro da oposição neoliberal e conservadora, formado pelo PSDB e o DEM, ficou reduzido a apenas seis prefeituras".
Se tomarmos como critério o número total de prefeitos eleitos, os partidos da base do governo da presidenta Dilma também disparam. Mesmo considerando que nesse universo tão amplo não se deve fazer uma avaliação unívoca, pode-se dizer que mais de 60% das prefeituras do país estarão sob controle da base aliada.
Força do PCdoB
“Em tudo isto, destaca-se como o mais representativo da vitória das esquerdas a eleição de Fernando Haddad, do PT, com a vice Nádia Campeão, do PCdoB, que bateram irremediavelmente o candidato do PSDB José Serra”, acrescenta Carvalho. Ele destaca que a partir destas eleições municipais o Brasil vence mais uma etapa de consolidação do seu processo democrático e de evolução das forças de esquerda e centro-esquerda.
“As vitórias das forças progressistas melhoram o quadro político nacional e reforçam a base de sustentação para um amplo movimento popular em favor da realização de reformas estruturais democráticas no país”, finalizou o editor do Vermelho.
Ouça a reflexão na íntegra: