Renato Rabelo: Resultados do 2º turno indicam avanços do PCdoB
Em entrevista ao Portal Vermelho logo após o fim da apuração dos votos no segundo turno das eleições municipais, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez uma análise dos resultados das disputas nas 50 cidades brasileiras que escolheram neste domingo (28) seus novos representantes.
Por Mariana Viel, da Redação do Vermelho
Publicado 28/10/2012 23:25
Renato afirmou que o PCdoB conquistou vitórias que completam os bons resultados que o Partido teve no primeiro turno – quando elegeu 51 prefeitos em todo o país. Entre as vitórias destacadas pelo dirigente nacional está a eleição da vice-prefeita da cidade de São Paulo (que é o maior colégio eleitoral do país), Nádia Campeão, e do vice-prefeito de Rio Branco (AC), Márcio Batista.
Ele ressaltou ainda as eleições do deputado estadual Pedro Bigardi para a Prefeitura de Jundiaí – que é um centro industrial e tecnológico do estado de São Paulo; do deputado estadual Carlin Moura, à Prefeitura de Contagem – que é um grande centro industrial de Minas Gerais –, e de Dennis Dauttmam à Prefeitura de Belford Roxo – que é um importante centro populacional da Baixada Fluminense.
“São êxitos muitos significativos porque estavam em jogo o segundo turno de cidades grandes. Além disso, já tínhamos elegido um vice também em uma capital que é Recife [Luciano Siqueira]. Portanto, é um segundo turno em que o resultado avança nas vitórias que o PCdoB teve. É um arremate importante para o Partido porque alcançamos hoje a eleição em prefeituras muito importantes.”
Ele enfatizou que o PCdoB também foi protagonista da campanha que levou Edivaldo Holanda Júnior (PTC) à Prefeitura de São Luís (MA). “Isso abre caminho para um novo horizonte no estado porque nós derrotamos uma oligarquia tradicional do Maranhão, expressa na pessoa do prefeito João Castelo (PSDB)”.
Renato ressalta que das 50 cidades que tiveram segundo turno, os partidos que apoiam a presidenta Dilma Rousseff venceram em 80% delas e a oposição [considerando PSDB, DEM e PPS] perdeu, no conjunto, 30 milhões de eleitores – o que em um universo de 110 milhões é um número bastante significativo. “Foi um resultado muito importante para a base da presidenta porque isso tem reflexo também nas eleições de 2014”, reforçou.
Para ele, o fato mais significativo do revés que a oposição sofreu nessas eleições foi a derrota na capital paulista. “É o maior reduto deles que cai. Não é por caso que eles lançaram mão da liderança mais importante deles para segurar e não conseguiram. Foi a derrota mais significativa da oposição e a vitória mais importante das forças de apoio da presidenta Dilma.”
Resultados adversos
O presidente nacional do PCdoB comentou também alguns resultados adversos, no caso do PCdoB, a derrota de Vanessa Grazziotin, em Manaus (AM) e a derrota para a própria base do governo federal em Salvador, com Nelson Pelegrino (PT). “Esses dois casos representam a volta de setores da oposição que já haviam sido batidos nas eleições. No caso de Manaus, perdemos para Arthur Virgílio (PSDB) que foi um antigo líder da oposição e que havia sido derrotado em 2010 [na disputa pelo Senado]. E no caso de Salvador, a vitória de ACM Neto representa a volta do ‘carlismo’. Esses resultados vão requerer uma análise para que tiremos lições desses casos.”