China proíbe lucro com atividades religiosas

A Administração Nacional dos Assuntos Religiosos (ANAR) da China pediu na segunda-feira que as autoridades locais "proíbam energicamente" qualquer ato que lucre com as atividades religiosas.

A administração também pediu que os departamentos governamentais não permitam nem apóiem nenhuma operação de contratos, investimento acionário, nem investimento conjunto, empreendidos por empresas ou indivíduos em locais religiosos.

A ANAR disse em um comunicado emitido na segunda-feira em conjunto com outros nove departamentos governamentais que alguns governos locais, empresas e indivíduos se aproveitam da religião como um instrumento lucrativo ao construir sites religiosos para obter lucros, contratando falsos monges ou clérigos para realizar atividades religiosas ilegais e arrecadar doações religiosas, assim como enganar ou obrigar os visitantes a entregar seu dinheiro.

Além disso, algumas companhias investiram em sites religiosos populares e as classificaram como ativos cotados, acrescenta.

Essas práticas prejudicaram a ordem das atividades religiosas, afetando os interesses e imagem do setor religioso, afetando os sentimentos dos crentes e violando os direitos de outros visitantes, diz o comunicado.

As autoridades prometeram punições severas para os funcionários governamentais que estiverem envolvidos com as práticas.

Os assuntos religiosos devem ser administrados exclusivamente por seus círculos respectivos sob a supervisão dos departamentos governamentais correspondentes, indica o comunicado.

As autoridades também pediram uma revisão completa dos centros religiosos registrados no país para eliminar os atos ilegais.

As organizações e sites não registrados legalmente estão proibidos de organizar ou promover atividades religiosas ou aceitar doações religiosas, acrescenta.

Além disso, a declaração indica que todos os clérigos devem ser qualificados pelas organizações religiosas correspondentes e registrados nos órgãos administrativos do nível distrital ou superior.

As autoridades investigarão os casos de clérigos falsos que realizam serviços religiosos e confiscará os lucros ilegais e punirá os infratores.

Fonte: Rádio Internacional da China