Assembleia dos metroviários de SP vota greve nesta terça
Duas reuniões marcadas para a tarde desta terça-feira (23) devem decidir sobre a greve do metrô de São Paulo esperada para amanhã (24). A primeira, às 15h, será uma audiência de conciliação entre a empresa e os empregados no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), na região central. Mas o que definirá a paralisação é a assembleia de trabalhadores convocada pelo sindicato da categoria às 18h30, em sua sede
Publicado 23/10/2012 11:43
Os metroviários devem cruzar os braços depois de várias tentativas de negociação com a empresa, que se comprometeu em reunião realizada no dia 16 de outubro de enviar uma nova proposta por escrito até às 12 horas do dia dia 19 de outubro de 2012.
A empresa, controlada pelo governo do Estado, teve 20 dias para rediscutir a pauta de reivindicações e oferecer nova proposição. O prazo foi estabelecido pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério no dia 2 de outubro, em audiência no TRT que evitou uma greve no dia 3.
Segundo os trabalhadores, o Metrô enviou a proposta somente na segunda-feira (22). Além disso, não há mudanças com relação à proposta anteriormente apresentada, a não ser o pagamento da Participação nos Resultados (PR) em fevereiro de 2013, que antes estava proposto para ser pago em abril de 2013.
A PR é a principal reivindicação dos metroviários. Em carta aberta, os trabalhadores denunciam a “política elitista” do governo do estado. Um assessor da presidência, com salário superior a R$ 20 mil, por exemplo, recebe PR quatro vezes maior de quem ganha R$ 1.225,51.
“O governo do estado é elitista, governa para as classes altas. Essa política é o rebatimento da política do governo na esfera do metrô”, denuncia Sérgio Renato da Silva Magalhães, vice-presidente do Sindicato dos Metroviários.
A entidade sindical escreveu nova carta, endereçada à empresa, para responder a proposta enviada ontem pela mesma, em que reafirma que os metroviários querem a PR igualitária e que “não é aceitável qualquer proposta que divida a categoria, dando privilégios à alta chefia, ou seja, menos de 400 pessoas”.
com agências